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sábado, 28 de novembro de 2015

MÍDIA X AUTOESTIMA

O   QUE a mídia pode fazer contra nossa             AUTOESTIMA?
                                                                                                                                                                                                                                            BY:VMC

Foi através da mídia dos últimos 40 anos que a maioria da população mundial teve acesso a alguns conceitos que, até então, não tinha a menor importância na vida das pessoas. O principal motivo do elevado índice de depressão e doenças psicossomáticas tem sua origem na tão  divulgada e desejada AUTOESTIMA ou a falta dela. Provavelmente a psicossomatização esteja entre os primeiros lugares no ranking mundial das doenças.
Nessa cultura cada vez mais competitiva e impulsionada por um materialismo cada vez mais desenfreado, tem induzido  pessoas para uma falsa ideia cada vez mais exacerbada de  “melhoria da aparência física”  e “desenvolvimento ou mascaramento do próprio ego”, exigindo-se sempre uma imagem física impecável, regulada por padrões sociais amplamente reforçados pela moda da beleza padronizada. Essa realidade fomenta uma grande e lucrativa indústria da beleza, da boa forma e, principalmente da  baixa  autoestima. As pessoas que não se enquadram no padrão de “sucesso” sentem-se cada vez mais necessitadas de produtos de beleza, academias, moda fitness, anabolizantes, lipoaspiração, bronzeamento artificial, cirurgias plásticas de toda sorte, tudo em nome da elevação da “autoestima” . Interessante ressaltar que de acordo com as ciências psicológicas, autoestima é a soma do autoconceito, autopercepção, e autoconfiança. Não necessariamente nessa ordem porém , todos os humanos “civilizados” ou não,  necessitam dessa tríade para conviver e ou sobreviver em grupo de modo saudável.
Diante dos fatos pessoas perdem a vida ao se submeterem a procedimentos cirúrgicos sem critérios médicos, éticos, morais, ou mesmo sem critérios assépticos. As lipoaspirações já conquistaram recorde de mortes principalmente em mulheres que, devido a falta de autoconhecimento e autoaceitação, são capazes de economizar até na alimentação para pagar uma cirurgia caríssima e de alto risco de morte, muitas vezes realizadas com médicos sem nenhum escrúpulo e sem nenhum preparo técnico.
O fato é que, ter baixa ou  autoestima é fundamentalmente , um fenômeno aprendido. Pior ainda, a base dessa aprendizagem é a própria família, considerando que esta é o núcleo primário de todas as percepções positivas e negativas que o ser humano está submetido desde a gestação. Algumas teorias tentam explicar esse fenômeno através do processo de comunicação (input-processamento-output) que gera e alimenta o discurso interno do indivíduo, fomentando pensamentos e atitudes que podem gerar sentimentos de felicidade plena até a depressão profunda e paralisante.  

  Esse processo interno que se estabelece desde que o Sistema Nervoso Central (SNC) é formado vai evoluindo conforme amadurece. Estudos  indicam que o feto já capta  as emoções (positivas ou negativas) na vida intrauterina. Ao nascer, mesmo não tendo a consciência, já demonstra através do comportamento irritadiço, choro e outros indícios de que não estão se sentindo bem aceitos, seja  pela mãe ou por demais familiares. Conforme o crescimento e amadurecimento dos órgãos, principalmente do SNC,  já  passível de  observar comportamentos desviantes no bebê.

Continua.....