O QUE a
mídia pode fazer contra nossa AUTOESTIMA?
BY:VMC
Foi através da mídia dos últimos 40
anos que a maioria da população mundial teve acesso a alguns conceitos que, até
então, não tinha a menor importância na vida das pessoas. O principal motivo do
elevado índice de depressão e doenças psicossomáticas tem sua origem na tão divulgada e desejada AUTOESTIMA ou a falta
dela. Provavelmente a psicossomatização esteja entre os primeiros lugares no
ranking mundial das doenças.
Nessa cultura cada vez mais
competitiva e impulsionada por um materialismo cada vez mais desenfreado, tem induzido pessoas para uma falsa ideia cada vez mais
exacerbada de “melhoria da aparência
física” e “desenvolvimento ou
mascaramento do próprio ego”, exigindo-se sempre uma imagem física impecável,
regulada por padrões sociais amplamente reforçados pela moda da beleza padronizada.
Essa realidade fomenta uma grande e lucrativa indústria da beleza, da boa forma
e, principalmente da baixa autoestima. As pessoas que não se enquadram no
padrão de “sucesso” sentem-se cada vez mais necessitadas de produtos de beleza,
academias, moda fitness, anabolizantes, lipoaspiração, bronzeamento artificial,
cirurgias plásticas de toda sorte, tudo em nome da elevação da “autoestima” .
Interessante ressaltar que de acordo com as ciências psicológicas, autoestima é
a soma do autoconceito, autopercepção, e autoconfiança. Não necessariamente nessa ordem porém , todos os
humanos “civilizados” ou não, necessitam
dessa tríade para conviver e ou sobreviver em grupo de modo saudável.
Diante dos fatos pessoas perdem a
vida ao se submeterem a procedimentos cirúrgicos sem critérios médicos, éticos,
morais, ou mesmo sem critérios assépticos. As lipoaspirações já conquistaram
recorde de mortes principalmente em mulheres que, devido a falta de
autoconhecimento e autoaceitação, são capazes de economizar até na alimentação
para pagar uma cirurgia caríssima e de alto risco de morte, muitas vezes
realizadas com médicos sem nenhum escrúpulo e sem nenhum preparo técnico.
O fato é que, ter baixa ou autoestima é fundamentalmente , um fenômeno
aprendido. Pior ainda, a base dessa aprendizagem é a própria família,
considerando que esta é o núcleo primário de todas as percepções positivas e
negativas que o ser humano está submetido desde a gestação. Algumas teorias
tentam explicar esse fenômeno através do processo de comunicação
(input-processamento-output) que gera e alimenta o discurso interno do
indivíduo, fomentando pensamentos e atitudes que podem gerar sentimentos de
felicidade plena até a depressão profunda e paralisante.
Esse processo interno que se estabelece desde que o Sistema Nervoso Central
(SNC) é formado vai evoluindo conforme amadurece. Estudos indicam que o feto já capta as emoções (positivas ou negativas) na vida
intrauterina. Ao nascer, mesmo não tendo a consciência, já demonstra através do
comportamento irritadiço, choro e outros indícios de que não estão se sentindo bem
aceitos, seja pela mãe ou por demais
familiares. Conforme o crescimento e amadurecimento dos órgãos, principalmente
do SNC, já passível de observar comportamentos desviantes
no bebê.
Continua.....