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terça-feira, 23 de junho de 2015

VIDA AFETIVA , PROCESSOS DE AUTO SABOTAGEM E PSICOTERAPIA

A PSICOLOGIA BEHAVIORISTA E A LEI DO CONDICIONAMENTO AFETIVO
                                                                                                   By: VMC

De acordo com esta escola psicológica, toda aprendizagem origina-se de um mesmo comportamento, reforçado positiva ou negativamente por um determinado período, esse comportamento tende a se repetir “ad eternum”, ou seja: Todo estímulo “Elicia uma Resposta (E=R)  -  Significa que, mesmo sofrendo, aprendemos  a emitir a mesma  resposta (seja  por reforço positivo ou pelo castigo).

A escola Behaviorista  afirma que toda  aprendizagem (seja cognitiva, afetiva ou psicomotora) se dá a partir de uma modelagem (exemplos na família, ESCOLHA DE UM MODELO) e se perpetuam pela repetição desse comportamento, seja através de reforços positivos ( ELOGIOS, PRESENTES, )  ou negativos (CASTIGOS, AMEAÇAS PUNIÇÕES, etc.) . Dessa forma aprendemos a dar e receber afeto. Acreditar ou não que somos uma pessoa amada, inteligente ou uma pessoa desprezível que não merece ser amada. Aprendemos também pela dor, castigos, ameaças, que essas são as únicas forma de nos sentir amados (afetos patológicos).
Porém, o legal dessa teoria é que tudo pode ser modificado. A partir de um novo modelo, de treinamentos (psicoterapias) e uma boa dose de esclarecimentos e força de vontade da pessoa, qualquer um pode redirecionar comportamentos, sentimentos, atitudes e, transformar-se em um novo ser humano, mais equilibrado emocionalmente e, mais efetivo em suas atitudes cotidianas. Ou seja, quando entendemos e   aprendemos nossos “modelos condicionados” e fixamos objetivos claros e possíveis em prazos pré- determinados, podemos efetivamente modificar nossos pensamentos, emoções, sentimentos e nos respeitar como seres humanos mais equilibrados e mais felizes.
Na psicoterapia, aprendemos a ter consciência sobre nossas dificuldades, medos, inseguranças e  nossos recalques. Aprendemos a nos conhecer melhor, ressignificar alguns conceitos e/ou pré-conceitos, por mais que sejam dolorosos, desagradáveis ou traumáticos. Aprendemos a sair do processo de vitimização para uma nova perspectiva de auto respeito, autovalorização, autoconfiança. auto amor, enfim, auto estima.
porque   desejar  ardentemente um parceiro (a) -  MEU QUERER É SAUDÁVEL?
            Infelizmente aprendemos (condicionamento) que   procurar nossa  “cara-metade”  é uma tarefa obrigatória que exige um  esforço ilimitado para  nos trazer o “par perfeito”  em algum momento de nossa vida. Porém, o querer excessivo, o desejo de encontrar alguém que reflita nosso desejo, que tenha os mesmo gostos, que tenha o mesmo credo, que goste das mesmas coisas etc. nos transforma e um  ser controlador, desesperado e angustiado - um condicionamento que muitos de nós carregamos -  tal comportamento  apenas nos afasta ainda mais dessa possibilidade. Ou seja, nos afasta da possibilidade de encontrar um parceiro (a) cuja convivência possa nos fazer harmônicos, amigos, amantes, felizes. Muitas vezes não  percebemos que aquilo que acreditamos ser um desejo, na realidade é um vazio, uma carência , algo mal trabalhado dentro de nós se disfarçando de querer, ou seja: não será um outro ser humano que irá preencher tal vazio.   
Nessas condições, nos tornamos seres vulneráveis, irascíveis,  ao  ponto de cair no hábito de rejeitar certas características e atitudes do (a)  parceiro (a) que consideramos inaceitáveis, insistindo e pressionando o outro a mudar ( mesmo que o outro pode precisar mudar!),  porém,  sem percebermos  aquilo que nós mesmos precisamos transformar em nós. No processo psicoterápico, aprendemos uma lei fundamental no processo evolutivo da natureza humana: Ninguém muda ninguém. Ninguém transforma ninguém. O amor não transforma o ser amado. A ideia é ao contrário:  Durante o processo de autoconhecimento você aprende que: Se você muda, o mundo muda com você.
O medo da solidão, não irá desaparecer enquanto não aprendermos  a lidar com os sentimentos e os pensamentos ruins que ela traz. Há milhares de casais hoje em dia que sofrem do mal da "solidão a dois" . No processo psicoterápico você aprende a conviver consigo mesmo (a). Aprende a respeitar suas necessidades de intimidade, individualidade. Se você tem medo da solidão, irá desejar que seu parceiro (a) seja seu eterno companheiro (físico, emocional e espiritualmente) . Ou seja: deseja, controla  e exige do outro um relacionamento compartilhado em tempo integral . Isso não é saudável. Ninguém pode estar disponível para o outro o tempo todo. Necessitamos, todos, de momentos para refletirmos, realizar atividades individuais, conversar com outras pessoas, amigos, familiares, enfim, conversar com as estrelas, com Deus, com a natureza, ou até mesmo, conversar consigo mesmo.


Continua...