PSICOPEDAGOGIA NEUROPSICOLÓGICA - ESPAÇO PARA DISCUSSÃO DE TEMAS RELATIVOS A PSICOLOGIA E PSICOPEDAGOGIA. EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PSICÓLOGOS.REABILITAÇÃO COGNITIVA E EDUCAÇÃO INCLUSIVA. TEMAS RELACIONADOS AO ESTUDO DA PSICOPEDAGOGIA, PSICOLOGIA CLÍNICA, NEUROPSICOLOGIA CLÍNICA E REABILITAÇÃO COGNITIVA - DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM, SÍNDROMES DA APRENDIZAGEM - EDUCAÇÃO SEXUAL E EDUCAÇÃO INCLUSIVA

terça-feira, 11 de maio de 2021

AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA

 

INSTRUMENTOS DA AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA

Neuropsicologia estuda como a organização cerebral interfere nas relações e emoções humanas, tanto em quadros de desenvolvimento normal do cérebro quanto em casos de doença.

O neuropsicólogo correlaciona as alterações observadas no comportamento de um paciente com as possíveis áreas do cérebro envolvidas, fazendo uma investigação clínica baseada em testes e exercícios,

A Avaliação Neuropsicológica faz parte desse processo, por meio dela, o neuropsicólogo utiliza-se de instrumentos padronizados como testes e escalas para avaliar as cognições de acordo com a queixa que o paciente apresenta. Esse procedimento nos ajuda a investigar quais funções cognitivas estão preservadas e quais estão comprometidas, tais como a atenção, memória, percepção, linguagem, raciocínio, aprendizagem, visuoconstrução, funções executivas, processamento de informação e afeto, por exemplo.

A Avaliação Neuropsicológica também tem como objetivo coletar dados das perdas e explorar funções intactas, a fim de definir que tipo de intervenção é necessária, uma vez que funções cognitivas com baixo desempenho podem prejudicar as atividades diárias, como trabalho, estudo e relacionamentos.

Quando se aplica a Avaliação Neuropsicológica?

A Avaliação Neuropsicológica pode ser feita em adultos, crianças e idosos. No caso das crianças, ela costuma ser realizada em pacientes com alterações comportamentais e dificuldades de aprendizado, como déficit de atenção, problemas de coordenação, falta de memória e incapacidade para ler e fazer cálculos.

As queixas mais comuns em crianças e adolescentes envolvem problemas de comportamento, problemas de aprendizagem (leitura, escrita ou cálculo) e suspeita de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Em adultos e idosos, ela é feita em casos de traumas, depressão, esquizofrenia, transtorno de desenvolvimento, acidente vascular cerebral (AVC), déficit associado a álcool ou uso de drogas, entre outros. Não importa qual seja o caso, o médico procurará entender como as mudanças no comportamento do indivíduo se relacionam com seus traumas e como ajudá-lo a superar o problema a partir do funcionamento cerebral.

A importância da Avaliação Neuropsicológica na reabilitação

Por meio do Laudo Neuropsicológico, pode-se estabelecer um programa de reabilitação das funções prejudicadas, utilizando-se de treino cognitivo e estabelecimento de estratégias compensatórias para que o paciente possa se readaptar ao cotidiano no ambiente acadêmico, profissional e familiar. A Avaliação Neuropsicológica também contribui fortemente para a indicação ou acompanhamento de psicoterapia, no qual os dados levantados podem ser utilizados pelo psicoterapeuta para subsidiar a intervenção clínica.

Instrumentos da Avaliação Neuropsicológica

A avaliação é feita a partir de instrumentos (testes, escalas, baterias) que computam dados sobre as funções cognitivas, como a inteligência, atenção, percepção, memória, linguagem, aprendizagem, velocidade de processamento de informações, habilidades motoras, afeto etc.

A partir da Avaliação Neuropsicológica podemos estabelecer quais tipos de intervenção ou reabilitação o indivíduo – ou grupos de indivíduos – precisa.

No curso virtual Técnicas e Testes de Avaliação Neuropsicológica você aprenderá todo o processo de Avaliação Neuropsicológica, desde o contato inicial com a entrevista e anamnese à elaboração do relatório final. Serão estudados os principais instrumentos que permitem a realização do exame neuropsicológico, bem como suas respectivas formas de aplicação, análise e interpretação dos resultados.

Terá acesso a técnicas de aplicação, correção, análise e interpretação dos instrumentos abaixo:

TESTES PSICOLÓGICOS e NEUROPSICOLÓGICOS
- Escala de Inteligência Wechsler para Crianças – WISC-IV *
- Escala Wechsler Abreviada de Inteligência - WASI *
- CPM-Raven - Raven Infantil - Matrizes Progressivas Coloridas de Raven
- Figura Complexa de Rey
- Teste de Aprendizagem Auditivo Verbal de Rey – RAVLT
- Fluência Verbal Semântica e Fonológica
- Teste de Nomeação e de Reconhecimento Visual - TENOM
- FDT - Teste dos Cinco Dígitos
- Bateria Psicológica de Avaliação da Atenção - BPA
- TAVIS-4 - Teste de Atenção Visual
- Torre de Londres
- Stroop Test Victoria
- Teste de Trilhas
- MMSE-2 - Mini Exame do Estado Mental
- Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve – NEUPSILIN
- Teste de Desempenho Escolar – TDE II
- Escala de Avaliação das Estratégias de Aprendizagem para o Ensino Fundamental- EAVAP-EF

ESCALAS COMPORTAMENTAIS
- Escala MTA-SNAP-IV
- Escala de Auto-avaliação do Adulto- ASRS
- Inventário de Depressão de Beck - BDI II
- Escala Baptista de Depressão Infanto-Juvenil - EBADEP-IJ


In: https://blog.cicloceap.com.br/

domingo, 9 de maio de 2021

 

M Ã E ...QUE SER É ESSE? 





                                                               BY: VMC – 09/-5/21

 

 

Meus filhos. Quem  são meus  filhos?…

Durante minha vida fértil, ao longo do meu “casamento”

Tive duas gestações e três  filhos. Sim, isto é possível!

Dito assim parece que a conta não fecha ,mas,

Me sinto privilegiada pois tive três filhos e duas gestações. Deus me poupou de mais um terrível e doloroso  processo....

Somente quem é mãe sabe o que significa viver nove meses

De pura e plena transformação do corpo, da alma e dos hormônios, que são uma ENTIDADE À  parte!.

São longos, dolorosos e tenebrosos meses que nossa criação necessita, longa espera!

Para criar o ser que a Divindade nos prepara para enviar. Aquela criação que chamamos genericamente de “filho” ou de “gravidez” quando constatamos que nosso corpo não mais produz algumas modificações mensais que  para alguma mulheres é uma dádiva

Porque não desce a menstruação e, para outras mulheres é um grande castigo porque desce a menstruação. Triste e confuso isso né?

Felizmente em algumas realidades e nessa me incluo, fiquei muito triste porque ela não desceu , mas, como era ingênua demais para perceber o que o destino me reservara, deixei o barco seguir, quando me dei conta, já tinha passado muito tempo até que me dei conta de que estava esperando alguém.... me dei conta de que meu corpo estava se modificando drasticamente...indelevelmente...definitivamente!

Me dei conta de que não estava mais sozinha.

De repente, de um dia  de outubro de um ano qualque, saíram de dentro de mim, duas meninas....duas pessoas...duas almas!

Mau sabia eu que não se tratava de minhas...não imaginava que o nome disso era...filhos!

mau sabia eu que me transformara num ser chamado MÃE!

Durante um curto período de tempo ainda deslumbrada por ter sido agraciada com duas almas  lindas e saudáveis, me senti o ser mais abençoado da terra...do planeta...das galáxias!

Algum tempo depois, meu corpo sofreu novamente alguns sintomas de que algo estava se transformando...não tive dúvidas dessa vez. Já tinha passado por isso antes. Sabia que alguém estava se preparando por vir. Alguém mais faria parte da minha vida definitivamente. Alguém me transformaria novamente!

Pensei durante algum tempo sobre minhas já deterioradas forças  e minhas condições ambientais para suportar mais essa vida que se aproximava. Sofri muito por não ter o apoio emocional que necessitava. Implorei a força divina para suportar mais um longo e doloroso período de grandes transtornos físicos, mentais e espirituais. Sofri muito. Senti muitas dores no corpo e na alma. Tive muito medo. Mas, finalmente ele nasceu!

Aquele ser tão frágil, tão pequenino em meus braços! Oh Deus! como fiquei  feliz!! Era o que faltava para completar minha existência. Sim era meu companheiro de vida! Aquele que juntamente com suas irmãs iria nos completar o caminho dessa existência!

Apenas esqueci um pequenino detalhe nessa trajetória toda...pela minha ingenuidade jamais cogitei tais possibilidades! Esqueci que...

“Eles vêm através de nós, mas não de nós,

E embora estejam conosco, não nos pertencem.

Nós podemos lhes dar nosso amor, mas não seus pensamentos,

Pois eles têm seus próprios pensamentos,

Nós podemos abrigar seus corpos, mas não suas almas,

Pois suas almas vivem na casa do amanhã,

que nós não podemos visitar, nem mesmo em seus sonhos.

Nós podemos lutar para ser como eles,

mas não poderemos torná-los iguais a nós.

Pois a vida não volta para trás, nem espera pelo passado.

Nós somos o arco de onde nossos

filhos são lançados como flechas vivas”.(Kahlil Gibran, poeta e filósofo)

 

Finalmente depois de tudo isso, me dei conta que

Nascemos  sozinhas, vivemos em companhia deles e...

Morreremos sozinhas! Esta  é a LEI DIVINA!

 

MÃE...QUE SER É ESSE?

 

AMOR E QUE AMOR QUE NÃO ACABA





Amor romântico, Amor de pai, Amor de mãe, Amor de filhos, amor de irmãos, Amor de parentes, amor de amigos, Amor pelo próximo, Amor do Amor, Amor, Amor, enfim Amor!
Quantas vezes ouvimos e também já dissemos: Eu te Amo!
Nas paixões, num momento de satisfação, de alegria, de conforto, de bem estar, de consolo, de romantismo, de querer amar.
Emoção ou Amor, pois do Amor á emoção faz parte, mas na emoção nem sempre temos o Amor.
Amor e que Amor que não acaba!
Reflita se você ama mesmo:
Amor não pede;  Amor dá.
Amor não sacrifica; Amor alivia;
Amor não exige condições para se ter Amor:
Amor atenua por Amor;
Amor não pede o sofrimento e a angustia em troca do amor;
Amor trás conforto e solução;
Amor não ofende; Amor é feito e vivido de palavras doces;
Amor não exige abandono das coisas que gosta, e que ama para ter Amor;
Amor não é egoísta; Amor se preocupa com o Amor do Amor;
Amor não impõe sofrimento; Amor é felicidade sempre;
Amor não rejeita de forma nenhuma carinho do Amor;
Amor se acalenta com um simples gesto de Amor:
Amor não trai; Amor é fiel em todos os sentidos;
Amor não desmerece o Amor;
Amor enobrece e alavanca o Amor;
Amor não pede abandono: Amor batalha junto para atenuar a alma do Amor;
Amor não amargura o dia e a vida:
Amor dá cor e dá brilho ao dia e a vida, todos os dias e para toda vida;
Amor nunca pede a distancia; Amor quer viver, ficar, andar e respirar junto;
Amor não prejudica a honra, o trabalho e a responsabilidade;
Amor apóia. Aconselha de forma branda, incentiva o trabalho e o compromisso;
Amor não tira a força; é a fonte de criação e potencia;
Amor não trás transtorno num dia feliz; Amor dá felicidade, cultiva o sorriso, cultiva a alegria de Amar; Amor não rejeita e deixa sem jeito o Amor que esta sendo dado, a procura;
Amor atende, e com carinho permite que o Amor encontre;
Amor não tem gestos de agressividade contra o Amor;
Amor acaricia o Amor; Amor não repudia de forma grosseira;
Amor acalenta e faz descansar; Amor não exige guerras e combates do Amor;
Amor apóia, aconselha a harmonia das coisas;
Amor não afasta; Amor atrai;
Amor não cansa; Amor descansa; Amor não pesa; Amor é leve; Amor não deseja ficar só;
Amor quer estar sempre com o amor; Amor não desconfia e não tem aparas para o Amor;
Amor é livre, leve e direto; Amor não trás desaforo e rancor;
Amor só dá felicidade e carinho constantes; Amor e que amor que não acaba;
Amor forte, amor brilho, amor luz , amor tenaz

Cláudio Rizzo

sábado, 8 de maio de 2021

 

MEU FILHO É GAY, E AGORA?

Reflita sobre como os pais podem lidar com essa descoberta

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Meu filho é gay, e agora?

O título deste artigo reproduz a pergunta angustiada que muitos pais e mães se fazem quando eventualmente descobrem que seu filho ou filha é homossexual. Em 2014, o assunto veio à tona quando o apresentador Marcelo Tas revelou como lidou com a transexualidade da filha Luiza, que passou a responder como Luc. Seu filho pode ter te contado, ou você pode ter descoberto que ele é gay ao espionar sua vida privada. O fato é que saber que o filho é gay é algo em geral chocante. Cada vez menos chocante, é verdade, em virtude do fato de que vivemos numa época mais esclarecida no que diz respeito a questões sexuais. Informação é que não falta para que as pessoas compreendam melhor coisas que seriam muito mais difíceis de serem compreendidas décadas atrás.

Mas vamos lá. Seu filho é gay. E agora? A resposta é simples na teoria, mas será preciso esforço consciente para incorporá-la: e agora, o fato é que ele continua a ser seu filho. Nada mudou neste quesito e, acredite, fazer chantagem emocional ou discurso religioso não fará seu filho deixar de ser homossexual. No máximo, ele aprenderá a mentir para você, o que, convenhamos, sai completamente do projeto de um relacionamento familiar saudável.

Alguns pais expulsam seus filhos de casa ou realizam reprimendas em graus variados. Há até quem bata no filho adolescente, ou lhe tolha a liberdade. No fundo, atitudes deste tipo derivam da fantasia mais absurda. Tem pai e mãe que acha que se impuser castigos variados aos filhos, eles “deixarão de ser” aquilo que efetivamente são. Desculpe, mas se você pensa assim, é engano seu. No máximo, você conseguirá criar um mentiroso. E isso se ele quiser continuar perto de você, porque há filhos que simplesmente somem da vida de seus pais chantagistas, tão logo conseguem se virar sozinhos. Em diversos sites e até mesmo grupos no Facebook, podemos encontrar incontáveis relatos de pessoas homossexuais que perderam totalmente o contato com seus pais e foram viver suas vidas. Se para eles isso é triste, imagine para os pais… De que maneira então você pode evitar a destruição de seu relacionamento com seu filho querido?

ENTENDENDO A HOMOSSEXUALIDADE

Em primeiro lugar, esqueça “opção sexual”. Você ouvirá esta expressão corriqueiramente na mídia e até mesmo em livros aparentemente especializados. Em geral, quem usa tal expressão não o faz por maldade, mas um olhar mais apurado demonstra quão infeliz é esta frase. Se preferência sexual fosse uma opção, ninguém optaria por ter um gosto que converte a pessoa quase que automaticamente numa vítima do preconceito social. Pense: você optou por gostar do sexo oposto? Não foi assim, não é mesmo? Você paulatinamente foi descobrindo que se interessava pelo sexo oposto. Adivinhe? Com homossexuais é a mesma coisa! Eles gostam do mesmo sexo, pela mesma razão misteriosa que faz com que a maioria das pessoas prefira o sexo oposto.

O fato é que ninguém, absolutamente ninguém sabe o que faz uma pessoa se interessar pelo mesmo sexo ou pelo oposto. Não existe nenhuma comprovação científica de que a causa seja genética ou psicológica. Até mesmo Sigmund Freud, pai da psicanálise, a quem erroneamente se atribui a ideia de que a homossexualidade tem origem na criação, escreveu claramente em sua obra: o mais provável é que a sexualidade humana, como tudo no ser humano, seja multicausal. Não há uma causa, mas sim várias, e elas provavelmente são diferentes para cada ser humano. De todo modo, independentemente de quais sejam as causas, o filósofo francês Michel Foucault disse certa feita – e muito bem dito – que mais do que uma explicação para os gostos sexuais, o que os seres humanos mais precisam é de uma arte do bem-viver. A arte do cuidar de si. E “cuidar de si” é uma prerrogativa para todos os seres humanos, sejam eles homo, hetero ou bissexuais.

O LADO DOS PAIS

Aí você pode argumentar e dizer: “não quero que meu filho sofra neste mundo preconceituoso”. Vou te contar uma coisa que não é segredo algum e deveria ser óbvio: é impossível impedir as pessoas de sofrerem. É inviável eliminar a possibilidade do sofrimento da vida de um filho. E digo mais: é doentio fantasiar uma proteção paterna ou materna que ultrapasse as fronteiras da vida adulta de seu filho. Isso não apenas infantiliza seu filho, como cria uma relação patológica entre vocês. Além disso, você já parou para olhar ao redor do mundo hetero? As pessoas deixam de sofrer por serem heterossexuais? E se você acha que no caso dos homossexuais há mais sofrimento, eu lhe digo que isso só é verdade enquanto a maioria das pessoas pensar como você.

Outro sofrimento comum é pensar “Ai meu Deus, não vou ter netos!”. Bem, seu filho ou filha é homossexual, e não estéril. Homossexuais podem perfeitamente se reproduzir, seja através da inseminação artificial, seja por intermédio do sexo desprazeroso, cuja finalidade é unicamente reprodutiva, ou podem até realizar um dos atos mais generosos e belos, que é adotar uma criança. Há milhões de crianças sem família à espera de pais sem filhos. E mesmo que seu filho fosse heterossexual, quem garante que ele seria pai? E se ele for um heterossexual que detesta a ideia de cuidar de crianças? Ter ou não ter netos não deveria ser um argumento de chantagem contra o desejo amoroso verdadeiro de seu filho ou filha. Se você quer cuidar de crianças novamente, que tal adotar uma ao invés de impor seu sonho aos outros?

Você também pode achar – e isso é muito comum – que seu filho ou filha pensa que é homossexual porque nunca experimentou o sexo oposto. Em primeiro lugar, como é que você sabe que ele nunca experimentou? E ainda que nunca tenha experimentado, é falso supor que tal coisa seja necessária. Se ele tiver que fazê-lo, o fará por livre e espontânea vontade, no dia que sentir o desejo. Sexualidade como obrigação é a via direta para o sofrimento.

Por fim, há a questão religiosa, que é parte importante na vida de muitas famílias. Religiões diferentes abordam a questão da homossexualidade das formas mais distintas: há as que aceitam, as que condenam e as indiferentes ao tema. Alguns autores, como o padre Daniel Helminiak, autor do livro “O que a Bíblia realmente diz sobre a homossexualidade”, mostram que podem existir interpretações diferentes para este assunto.

O Brasil é um país onde ser homossexual gera bem menos problemas do que em outros lugares. Em nosso país, uma pessoa homossexual pode deixar pensão para seu companheiro ou companheira, pode adotar crianças, pode realizar união civil… Os homossexuais têm muitos direitos conquistados e, muito embora ainda faltem tantos outros, grandes passos já foram dados e continuarão a ser.

Deste modo, se você realmente se preocupa com a possibilidade de seu filho “sofrer mais” por ser homossexual, esforce-se para não ser você mais uma razão para sofrimento na vida dele. Em geral, pessoas homossexuais aprendem a não ligar para eventuais manifestações de preconceito. Alguns até reagem e ensinam grandes lições aos preconceituosos. Mas quando o preconceito vem da própria família, principalmente dos pais, este tipo de sofrimento é quase irrecuperável. Gera mágoas profundas e feridas difíceis de cicatrizar. Não é à toa que a incidência de tentativas de suicídio é maior entre gays – não é porque eles são gays que tentam se matar, é por causa dos pais que não os aceitam como são! Você, que deu a vida a seu filho, pense no horror que seria tornar-se provável colaborador da causa de sua morte. Você, que deu a vida a seu filho, pense em como será maravilhoso colaborar para sua felicidade. E não há maior felicidade do que poder ser aquilo que se é, com o apoio daqueles que dizem nos amar.

Deste modo, eu lhe digo: e agora? E agora, aceite. Acostume-se. Seu filho é o que é, e o que ele é vai muito além de uma extensão sua. Ele não é um robô, não é um projeto. É uma pessoa com desejos próprios. Admire-o por isso. E não apenas “tolere” sua preferência sexual. Respeite-a.

Nossos filhos não são nossos filhos…

São os filhos e filhas da vida desejando a si mesma.

Eles vêm através de nós, mas não de nós,

E embora estejam conosco, não nos pertencem.

Nós podemos lhes dar nosso amor, mas não seus pensamentos,

Pois eles têm seus próprios pensamentos,

Nós podemos abrigar seus corpos, mas não suas almas,

Pois suas almas vivem na casa do amanhã,

que nós não podemos visitar, nem mesmo em seus sonhos.

Nós podemos lutar para ser como eles,

mas não perduraremos- nos torná-los iguais a nós.

Pois a vida não volta para trás, nem espera pelo passado.

Nós somos o arco de onde nossos

filhos são lançados como flechas vivas.

(Kahlil Gibran, poeta e filósofo)

Se você é pai ou mãe de uma pessoa homossexual, ou desconfia disso, pode procurar a Associação Brasileira de Pais e Mães de Homossexuais


ALEXEY DODSWORTH

Doutor em Filosofia pelas universidades de Veneza e de São Paulo. Tem ampla experiência em ensino de Filosofia, já tendo sido consultor da Unesco e assessor especial no Ministério da Educação. Pesquisa Astrologia desde 1987. Saiba mais

ATAQUE DE PÂNICO OU DE ANSIEDADE?

 


Hoje falaremos sobre a diferença entre um ataque de ansiedade e um ataque de pânico. Um é um termo que predomina na linguagem coloquial, mas tem pouco uso clínico, e o outro é uma entidade clínica perfeitamente identificada.

Os termos ataque de pânico e ataque de ansiedade costumam ser usados ​​indistintamente, mas não são a mesma coisa. Existem características essenciais que os distinguem, embora tenham vários sintomas em comum. Os dois termos são confundidos não apenas pelos pacientes, mas pelos próprios estudantes de psicologia.

Será difícil encontrar o tratamento certo ou desenvolver habilidades úteis de enfrentamento se o uso dos termos não for diferenciado corretamente. Portanto, saber a diferença entre um ataque de ansiedade e um ataque de pânico é mais do que uma questão de semântica.

Ao compreender os sintomas de ansiedade e dos ataques de pânico, o caso do paciente e os problemas por trás dos ataques podem ser tratados com mais eficiência. O mal-estar básico é muito diferente e sua evolução também, por isso é fundamental diferenciá-los bem.

Ataque de ansiedade e ataque de pânico

Um ataque de ansiedade geralmente surge como uma reação a um determinado fator de estresse ou preocupação específica. Por exemplo, há muito tempo você teme ser demitido do trabalho e o seu chefe liga para conversar com você. Nesse momento, os seus sintomas de ansiedade podem disparar.

Em um ataque de ansiedade, as pessoas podem sentir medo, apreensão, o seu coração pode disparar ou podem sentir falta de ar, mas é algo de curta duração. Quando o estressor vai embora, o ataque de ansiedade também acaba.

O ataque de pânico, por outro lado, ocorre quando não há perigo real ou causa aparente. Não é provocado e, em muitos casos, é bastante imprevisível. Em um ataque de pânico, a pessoa é inundada pelo terror, medo ou apreensão.

Elas acreditam que vão morrer, perder o controle ou ter um ataque cardíaco. Apresentam uma série de sintomas físicos que podem incluir dor no peito, falta de ar, tontura e náuseas.

Estes termos estão incluídos no DSM?

Até agora, “ataque de ansiedade" não corresponde a nenhuma categoria diagnóstica na última edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5).

Um ataque de ansiedade é, na verdade, um termo coloquial criado para aqueles que sofrem de ansiedade, para descrever períodos de ansiedade intensa ou prolongada.

Os ataques de pânico são fáceis de definir porque existe um consenso clínico. Esta é a definição oficial do DSM: “um ataque de pânico é um episódio repentino de medo intenso que desencadeia reações físicas severas mesmo quando não há perigo real ou uma causa aparente".

Sintomas de um ataque de ansiedade

Quando falamos de um ataque de ansiedade, nos referimos a um pico ansioso que pode durar um longo tempo, até que o estímulo que o gera desapareça, até que encontremos uma estratégia alternativa de enfrentamento ou o sistema fisiológico se esgote.

É mais grave do que a simples sensação de ansiedade, mas geralmente não atinge os níveis de ativação gerados por um ataque de pânico. Pode durar de minutos a horas, até dias e semanas. Geralmente apresenta um ou mais dos seguintes sintomas:

  • Inquietação, sensação de cansaço ou nervosismo.
  • Um grande cansaço mesmo na ausência de esforço físico ou mental prolongado ou intenso.
  • Dificuldade de concentração.
  • Irritabilidade.
  • Tensão muscular.
  • Dificuldade para controlar as preocupações.
  • Problemas de sono (dificuldade para adormecer ou permanecer dormindo, sono agitado ou insatisfatório).

A terapeuta Ginger Poag definiu um ataque de ansiedade como “um período de apreensão sobre possíveis eventos futuros". Às vezes, um ataque de ansiedade é o prelúdio de um ataque de pânico.

Ao contrário dos ataques de pânico, os ataques de ansiedade não são necessariamente sinais de um transtorno de ansiedade. A ansiedade é uma resposta natural a certos estímulos ou situações, e os ataques de ansiedade são apenas formas mais intensas dessa emoção.

Ataques de ansiedade geralmente causam padrões de evitação ou cautela excessiva. Por exemplo, alguém que experimentou ataques de ansiedade devido à ansiedade social pode evitar os lugares ou situações que o deixaram ansioso.

Sintomas de um ataque de pânico

Reações físicas graves podem ser desencadeadas em um ataque de pânico. Muitas pessoas que sofrem com isso pensam que estão tendo um ataque cardíaco. Alguns ligam para a emergência porque não sabem o que estão experimentando. Geralmente, apresentam pelo menos alguns dos seguintes sintomas, que duram de 10 a 15 minutos:

  • Sensação de morte ou perigo iminente.
  • Medo de perder o controle ou morrer.
  • Frequência cardíaca rápida e acelerada.
  • Transpiração.
  • Tremores.
  • Dificuldade para respirar ou aperto na garganta.
  • Ondas de calor.
  • Náusea.
  • Cãibra abdominal.
  • Dor no peito.
  • Dor de cabeça.
  • Tonturas, vertigens ou desmaios.
  • Entorpecimento ou formigamento.
  • Sensação de irrealidade ou desapego.

Com os ataques de pânico, as pessoas costumam ter uma sensação de ameaça imediata. Isso faz com que elas respondam pedindo ajuda ou tentando escapar de qualquer situação em que se encontrem. Às vezes, as pessoas têm apenas um ou dois ataques de pânico em suas vidas.

Podem ocorrer sob níveis extremos de estresse ou pressão. Experimentar ataques de pânico repetidamente costuma ser um sintoma do transtorno do pânico. Certos eventos traumáticos podem levar a pessoa a desenvolver o transtorno do pânico.

Como diferenciar um do outro?

Como os sintomas são muito semelhantes, pode ser difícil distinguir entre ataques de pânico e ataques de ansiedade. Aqui estão algumas dicas que podem ajudar:

  • Os ataques de pânico geralmente ocorrem sem um gatilho. A ansiedade é uma resposta a um estressor ou ameaça percebida.
  • Os sintomas de um ataque de pânico são intensos e perturbadores. Frequentemente, envolvem uma sensação de “irrealidade" e distanciamento. Os sintomas de ansiedade variam em intensidade, de leve a grave.
  • Os ataques de pânico aparecem repentinamente, enquanto os sintomas de ansiedade tornam-se gradualmente mais intensos em minutos, horas ou dias.
  • Os ataques de pânico desaparecem após alguns minutos, enquanto os sintomas de ansiedade podem prevalecer por longos períodos.

Ter em mente a diferença entre um ataque de pânico e um ataque de ansiedade é fundamental, pois muitos pacientes acreditam que têm ataques de ansiedade e o que realmente sofrem é um transtorno de pânico. Em muitos casos, essa confusão é a causa de muitos pacientes não recorrerem à terapia.

Por outro lado, ao confundir um com o outro no diagnóstico diferencial, na pior das hipóteses, a pessoa pode ficar dependente de um medicamento de que não necessita. Portanto, é fundamental que os profissionais também entendam as diferenças e trabalhem nesse sentido.

In:www.cicloceap.com.br

quarta-feira, 14 de abril de 2021

O QUE É TCC?

 

TCC - A psicoterapia da efetividade

POR: Ciclo CEAP

As maiores restrições das pessoas sobre o tratamento psicológico são baseadas nos mitos de que o processo é longo, é caro, e principalmente não tem efetividade imediata.

Diante de um sofrimento psíquico, as pessoas desejam um alívio que possa ser sentido em um tempo mais curto, e que a pessoa possa em breve caminhar sozinha com os próprios recursos, e o auto conhecimento adquirido.

Estes mitos sobre a psicoterapia fazem com que os clientes se afastem dos consultórios de psicologia, buscando outras alternativas para suas dificuldades.

Mitos precisam ser transformados, pois a psicologia tem vários caminhos para se chegar ao equilíbrio e saúde emocional.  No entanto, existem algumas abordagens que atendem à expectativa de um resultado mais direcionado e mais rápido, mas ao mesmo tempo consistente.

Uma destas abordagens é a Terapia Cognitivo Comportamental, também conhecida como TCC.

Fundamentos da Terapia Cognitivo Comportamental

A partir da década de 60, as pesquisas do psiquiatra e psicoterapeuta americano Aaron Beck trouxeram uma nova visão dos processos mentais, e a partir destes conceitos foram criadas novas metodologias de intervenção psicoterapêutica.

A TCC parte do pressuposto de que existe um ciclo de processos mentais que se retro alimentam, e são constituídos por:

 CRENÇAS – PENSAMENTOS – EMOÇÕES – COMPORTAMENTOS

CRENÇAS – São todas os fundamentos que constituem os nossos valores, a nossa forma de percebermos a nós mesmos, as pessoas e o mundo. Nosso sistema de crenças seria como um mapa sobre o qual caminhamos pela vida. Seria  a lente através da qual enxergamos tudo a nossa volta.

Estas crenças são formadas à partir das nossas vivências, e através do que absorvemos das pessoas que são importantes para nós, como nossos pais, familiares, amigos, professores, cônjuges, filhos e informações que vem do mundo em geral.

Existem as crenças centrais que são aquelas mais profundas, que são nossos parâmetros inquestionáveis, nossas verdades mais definidoras do que somos.

Existem também as crenças intermediárias que são os moldes pelos quais interpretamos os eventos da nossa vida.

Estas crenças intermediárias dão origem aos nossos pensamentos.

PENSAMENTOS – Nossa forma de pensar tem origem nas nossas crenças, e constantemente produzimos pensamentos automáticos que fazem brotar os sentimentos, emoções e sensações.

Existem os pensamentos funcionais e os pensamentos disfuncionais. Nos pensamentos disfuncionais encontramos a origem dos sentimentos negativos, que causam muito sofrimento. Estes pensamentos são distorções cognitivas que têm origem principalmente em crenças de desamor, desvalia ou de abandono.

EMOÇÕES/SENTIMENTOS – As emoções surgem sem o nosso controle. Não escolhemos o que sentir, e os sentimentos negativos são as principais razões pelas quais as pessoas buscam ajuda.

Os principais sentimentos negativos são medo, raiva, tristeza, culpa ansiedade e nojo.

COMPORTAMENTOS – Nossos comportamentos são frutos dos nossos sentimentos. Embora possamos escolher conscientemente como agir, nossas ações, e principalmente nossas reações estão muito condicionadas às nossas emoções.

Resumindo, crenças geram pensamentos, que geram sentimentos que geram comportamentos.

Quebrando os ciclos disfuncionais. Quando compreendemos este ciclo, percebemos que existe uma retro alimentação,  que tende a se repetir indefinidamente, até que seja interrompido.

Por exemplo, uma pessoa que tem uma crença de desamor acredita que ela não é digna de receber amor, que ninguém gosta dela,  que ela não é bem vinda, que as pessoas fogem para não encontrá-la.

Suponhamos uma situação em que esta pessoa esteja em um local, e que alguém conhecido passa por ela e não a cumprimenta. O pensamento automático que vem é: “esta pessoa não gosta de mim” ou “aposto que esta pessoa não quis me encontrar”.

O sentimento que vem em seguida é a tristeza, e o comportamento mais provável, é a pessoa se tornar arredia ou reativa, o que fará com que os outros se afastem dela, reforçando a crença que deu origem a esta cadeia de processos.

Por esta razão as pessoas tendem a repetir os comportamentos, a fazer as mesmas escolhas erradas, a trilhar os mesmos caminhos de insucesso, sem se dar conta de que só quebrando esta cadeia é que será possível transformar uma situação.

Terapia Cognitivo Comportamental – Uma abordagem focada e efetiva

A TCC atua identificando as emoções negativas e pesquisa quais os pensamentos que deram origem a elas.

A partir daí, identifica quais são as crenças disfuncionais que estão provocando estes pensamentos.

As intervenções são feitas principalmente nos pensamentos e comportamentos, através de uma metodologia que amplia o foco, levando o paciente a compreender o próprio processo cognitivo. Pensamentos e sentimentos são monitorados por protocolos específicos, e comportamentos diferentes são introduzidos terapeuticamente.

Desta forma as crenças disfuncionais podem ser re significadas, e a pessoa descobre como ativar seus mecanismos favoráveis de pensar e comportar, promovendo emoções positivas e transformações profundas nos processos mentais do paciente.

Quando a cadeia disfuncional é quebrada a pessoa muda seu padrão repetitivo desfavorável 

Ao se auto-conhecer, o indivíduo monitora seus ciclos psicológicos, identifica quando está distorcendo um pensamento e aprende como mudar seu estado mental.

O objetivo da Terapia Cognitivo Comportamental é ajudar o paciente a conhecer os próprios processos, e torná-lo independente para caminhar por si só. Por isso é objetiva, focada, profunda e efetiva, razão pela qual está  trazendo cada dia mais clientes aos consultórios dos psicólogos.

Equipe do Ciclo CEAP

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