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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

personalidade segundo Sigmund Freud


TIPOS PSICOLÓGICOS SEGUNDO FREUD
(PREDOMÍNIO DO ID)
 By: VMC


         Os  seres humanos se constituem em variedades de quase infinita multiformação. podemos, entretanto, delimitar alguns tipos psicológicos gerais, fundamentando-nos no estudo da libido. Deve-se , por outro lado, , ressaltar que a descrição de tipos não mantém , para Freud, nenhuma relação a psicopatologia, muito embora, em suas expressões externas, possam aproximar-se  dos quadros clínicos, vedando, assim a brecha entre normal e patológico. Com tal ressalva feita, é possível  descrever três tipos  libidinais básicos, de acordo com a localização predominante da libido em diferentes setores da personalidade:

Tipos libidinais – estão subdivididos em dois segmentos:
1 – TIPO ERÓTICO: seu interesse principal está centrado na vida amorosa:amar e ser amado – são dominadas pelo temor de perder o seu amor – tornam-se dependentes da pessoa amada.
2. _ TIPO OBSESSIVO: predomínio do superego que se separou do ego: dominados pela angústia da consciência ao invés do medo de perder o amor.dependencia interna decorrente de injunções morais, educativas e conservadoras

TIPOS NARCISISTAS: características negativas- sem tensão entre o Id e o superego – sem domínio das necessidades eróticas – independentes, que não se deixam intimidar – ego agressivo – disponibilidade para ação – preferem amar, a serem amados – fortes emocionalmente – revolucionários – líderes, etc.
TIPOS ERÓTICOS OBSESSIVOS: impulsos libidinais restringidos pelo superego – dependentes de pessoas que desempenham papéis importantes em sua vida atual e passada (pais, educadores, etc.)

TIPO ERÓTICO-NARCISITA – é o mais comum dos tipos – reúne características contrastantes que se atenuam mutuamente – combina o interesse por si e o interesse pelos outros.
TIPO NARCISITA-OBSESSIVO – representa a variante mais valiosa do ponto de vista cultural – combina a independência em relação a fatores do mundo externo (narcisismo) com submissão aos imperativos da consciência (obsessivo) e a capacidade para a ação enérgica. Ego fortalecido capaz de enfrentar as exigências do superego.

         Importante ressaltar que  esses tipos podem existir sem que haja  a presença de patologia. Aliás, através de seu estudo, não é possível desvendar nenhum aspecto marcante  relativo à gênese nem das neuroses nem das psicoses. Os tipos puros, onde predomina o investimento libidinal  em uma única instância psíquica, não são,  em geral  propensos a conflitos psíquicos condicionantes da neurose ou psicose.
         Entretanto, no caso de desenvolvimento de perturbações na personalidade, os tipos  eróticos evoluiriam para a histeria, enquanto que os tipos obsessivos voltar-se-iam predominantemente, para a neurose obsessiva. As pessoas de tipo narcisista, pela independência que mostram em relação ao mundo externo, estariam mais propensas à psicose, além  do fato de poderem apresentar alguns fatores essenciais que o condicionam à criminalidade.


ID-EGO-SUPEREGO- CONT...


SISTEMAS DA PERSONALIDADE SEGUNDO SIGMUND FREUD

  
TENTATIVA DE EXPLICAÇÃO DO SISTEMA DA PERSONALIDADE SEGUNDO FREUD - ID-EGO-SUPEREGO - 
BY:VMC
1º MODELO - SISTEMA DA PERSONALIDADE - (1900)
O CONSCIENTE:
. É separado do pré-consciente  pela barreira do recalcamento. O recalcamento consiste em  excluir  da  consciência toda representação psíquica que a crítica formulada pelo princípio que norteia   nossa vida desperta e voluntária julgue inaceitável.
. Sua principal função é receber os estímulos do ambiente ou do interior do indivíduo. Não se deixa  marcar por nenhuma excitação (sistema de traços mnêmicos). É regido pelos mesmos processos o pré-consciente.


1ºMODELO - SISTEMA DA PERSONALIDADE -(1900)
PRÉ-CONSCIENTE

. É uma subparte do consciente. O que os diferencia é sua funcionalidade. . . .Situado entre o   consciente e o inconsciente. 
. Entre o pré-consciente e o inconsciente existiria uma  “censura” que impede certos 
   conteúdos do inconsciente tenham livre acesso aos demais. Através do recalcamento.
. Atua sobre o controle  da motilidade; do pensamento ágil, da atenção; da memória; e do  raciocínio. Além de ser o responsável pela censura dos conteúdos inconscientes


1ºMODELO - SISTEMA DA PERSONALIDADE- ( 1900)
O INCONSCIENTE
. É  organizado por leis e princípios que lhe são próprios  e um regime energético , específico.É  o núcleo ativo da personalidade.É constituído por dois aspectos:
. o conteúdo  - definido pela presença de atos psíquicos (idéias) que carecem de consciência.
    - Impulsos carregados de desejo (protofantasias) transmitidas de geração em  geração.
2º -  o modo de funcionamento:
. Desconhece a dúvida e a negação. Regulado apenas pelo princípio do prazer.. Dispensa toda e qualquer referência à realidade. São atemporais.(seus conteúdos não São organizados em função   da ordem de suas ocorrências e não se alteram ao longo  da vida do sujeito ).  Esses conteúdos estão sempre ativos e permanecem presentes no inconsciente, mesmo quando passam para o sistema consciente.


2º MODELO - ESTRUTURA DA PERSONALIDADE - 2ª TÓPICA
        ID
. Constitui a parte obscura , inacessível de nossa personalidade. É a essência biológica do homem.
. As leis lógicas do pensamento não se aplicam a  ele.(assim, impulsos contrários: amor-ódio,  coexistem  lado a lado. Não há nada que se possa comparar a negação. Seu conteúdo é de  impulsos apenas em busca de descargas afetivas. É  atemporal; amoral;
. É a expressão dos impulsos de morte e de vida , presente em todos os
  organismos vivos.
             

   2º MODELO - ESTRUTURA DA PERSONALIDADE -2ª TÓPICA (1914)

EGO
. Não está presente no início da vida do indivíduo, devendo ser desenvolvido. É geneticamente   uma parte do Id adequadamente modificada pela proximidade e contato  com o mundo externo.
. Funciona como escudo protetor contra tudo aquilo que ameaça o aparelho mental..Enquanto  sistema, encontra-se principalmente voltado para o meio externo, sendo   instrumento perceptivo   básico daquilo que surge de fora. Constitui-se no órgão sensorial de toda a personalidade, é  receptivo também às   excitações provenientes do interior do sujeito. é Durante o seu   funcionamento que  surge o fenômeno da consciência.
. Sua incumbência é observar o mundo externo, estabelecendo um quadro do mesmo   nos  traços  da memória. Para tal é preciso que separa o que é oriundo  do mundo externo,   daquilo que    provém de fontes internas ).
. Cabe a ele também controlar os impulsos provenientes do Id  à motilidade. Este controle é       efetuado, principalmente pela atividade do pensamento. Este se impõe  no Ego , entre o    impulso e a ação. Retira do Id a energia (libido) para exercer tais funções. Para tanto, utiliza-se  de subterfúgios  (mecanismos de defesa) ou seja, identifica-se com o objeto do desejo libidinal,    desviando para sí próprio a libido do Id.


2º MODELO - ESTRUTURA DA PERSONALIDADE - 2ª TÓPICA (1921)
SUPEREGO

. Funciona como a “agencia crítica” da nossa personalidade. É formado durante o declínio  do   complexo de Édipo, a partir da interiorização  das imagens   idealizada dos pais. Decorre deste  processo que a parte referente a imagem idealizada (dos pais) transmuta-se no interior do Ego,   em imagem idealizada de si mesmo, e a parte   referente  á função paterna constitui-se  em agente   crítico do Ego dotado de características de   severidade e proibições que a criança   atribuía aos pais.
. Tem como função crítica e normativa e revela-se como base de todo ideal humano -  Situa-se  frente ao Ego como modelo (se é ideal) e  obstáculo (se é o proibido).
. É o responsável pela origem da consciência moral, sentimento de auto-estima  e de culpa.










RELAÇÕES ENTRE A REALIDADE  EXTERNA,
ID   -   SUPEREGO   -   EGO


            O ego tenta conciliar e sintetizar as exigência contraditórias e mesmo incompatíveis, emanadas do Id, do Superego e da realidade externa. Ao exercer sua função, o Ego é de um lado, observado com severidade pelo Superego, que estabelece padrões definidos para sua conduta, sem levar em conta as demandas do Id. Por outro lado,  o Id também luta pela satisfação plena de seus impulsos, permanecendo rígido e intolerante no desconhecimento das imposições do Superego e na ignorância dos limites impostos pela realidade externa. Esta última por sua vez, permanece indiferente aos anseios, desejos e restrições que emanam e são criados pelo próprio sujeito.




TIPOS PSICOLÓGICOS SEGUNDO FREUD


         Os  seres humanos se constituem em variedades de quase infinita multiformação. podemos, entretanto, delimitar alguns tipos psicológicos gerais, fundamentando-nos no estudo da libido. Deve-se , por outro lado, , ressaltar que a descrição de tipos não mantém , para Freud, nenhuma relação a psicopatologia, muito embora, em suas expressões externas, possam aproximar-se  dos quadros clínicos, vedando, assim a brecha entre normal e patológico. Com tal ressalva feita, é possível  descrever três tipos  libidinais básicos, de acordo com a localização predominante da libido em diferentes setores da personalidade:




         Os tipos podem existir sem que haja  a presença de patologia. Aliás, através de seu estudo, não é possível desvendar nenhum aspecto marcante  relativo à gênese nem das neuroses nem das psicoses. Os tipos puros, onde predomina o investimento libidinal  em uma única instância psíquica, não são,  em geral  propensos a conflitos psíquicos condicionantes da neurose ou psicose.
         Entretanto, no caso de desenvolvimento de perturbações na personalidade, os tipos  eróticos evoluiriam para a histeria, enquanto que os tipos obsessivos voltar-se-iam predominantemente, para a neurose obsessiva. As pessoas de tipo narcisista, pela independência que mostram em relação ao mundo externo, estariam mais propensas à psicose, além  do fato de poderem apresentar alguns fatores essenciais que o condicionam à criminalidade.



MECANISMOS DE DEFESA

1.REPRESSÃO: Esquecimento seletivo de situações  desagradáveis que provoque ansiedade. Ocorre inconscientemente e está subjacente  a todos os outros mecanismos de defesa. A energia reprimida é geralmente deslocada para uma ação que em si não causa angústia. Ex. lavar as mãos compulsivamente para aliviar a culpa pela masturbação.

2. REGRESSÃO: O indivíduo, angustiado apresenta formas de comportamentos características de fases anteriores de desenvolvimento. Quando criança, voltar a chupar bico tomar mamadeira por ocasião do nascimento e um irmão. Quando adulto, frente a uma situação angustiante, pode chorar, gritar, roer as unhas e fazer birra tal qual uma criança.

3. PROJEÇÃO: mecanismo no qual características do indivíduo que a estão angustiando são vistas por ele mesmo, como pertencentes a outros indivíduos.Desconfiar sempre da honestidade do outro, pode representar em sua conduta, certos traços de desonestidade que o incomodam e prefere vê-los em outras pessoas.

4. NEGAÇÃO: Implica na percepção do mundo tal como a pessoa desejaria que ele fosse e não como ele é. O devaneio, e o sonho acordado do adulto é uma forma de negação da realidade. Muitas vezes para se adaptar ao meio social somos levados a utilizar este mecanismo diante de evidências visíveis, dizemos que não estamos com raiva quando, na verdade, estamos sentindo e manifestando uma cólera intensa.

5. FORMAÇÃO REATIVA: Deformação da consciência de forma que  um impulso que originalmente gera a ansiedade e angustia, é substituído  por motivação diametralmente oposta. Uma pessoa pode aparentar bondade com outra quando na verdade sente mesmo é hostilidade e ódio. Esta suposta bondade impede a angústia e o sentimento de culpa que ocorreria caso a pessoa desse vazão a hostilidade reprimida.

6. RACIONALIZAÇÃO: É dar razões socialmente plausíveis para comportamentos individuais não aceitáveis socialmente. Estudante que não passa no vestibular diz que foi até bom  pois aquele não era exatamente o curso que queria fazer.

7. AGRESSÃO: Reação típica da frustração. Pode ser direta: quando se dirige a pessoa ou objetos provocadores de frustração. Agredir fisicamente alguém, ou quebrar um objeto. Agressão é indireta e a forma mais comum. Descarregar tensões ou frustrações  na mulher, quando o chefe lhe chama a atenção no trabalho.

8. SUBLIMAÇÃO: Substituir  a energia oriunda do Id para outro objeto de modo a se manter a auto-estima e proteger-se contra a autocrítica e ansiedade. A energia é canalizada conforme os padrões sociais . Toda a gama de atividades científicas, artísticas, culturais é resultado da sublimação  da libido e da agressividade que foram impedidas de se expressarem livremente.
9. REAÇÃO DE CONVERSÃO:  Conversão de tensões psicológicas e emocionais em sintomas físicos (dores de cabeça, úlceras etc.)

10. IDENTIFICAÇÃO: por este processo o indivíduo é levado  a incorporar características daquele com o qual se identifica, fortalecendo seu ego com sentimentos de autovalorização, prestígio e estima. É muito comum o adolescente identificar-se com artistas, heróis ou adultos que por ele é valorizado (professor por exemplo)


 BIBLIOGRAFIA:
1. BARROS, C.S.G., PONTOS DE PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO, 2ª ed., S.P., Ática, 1987.
2. RAPPAPORT, C.R. (Coord.), TEMAS BÁSICOS DE PSICOLOGIA, Vol.7,  S.P., E.P.U,  1984.
3. KAPLAN  H. e SADOCK B. J., COMPÊNDIO DE PSIQUIATRIA, Ciências  comportamentais , Psiquiatria Clínica,P.A., Artes Médicas, 1993.