PSICOPEDAGOGIA NEUROPSICOLÓGICA - ESPAÇO PARA DISCUSSÃO DE TEMAS RELATIVOS A PSICOLOGIA E PSICOPEDAGOGIA. EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PSICÓLOGOS.REABILITAÇÃO COGNITIVA E EDUCAÇÃO INCLUSIVA. TEMAS RELACIONADOS AO ESTUDO DA PSICOPEDAGOGIA, PSICOLOGIA CLÍNICA, NEUROPSICOLOGIA CLÍNICA E REABILITAÇÃO COGNITIVA - DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM, SÍNDROMES DA APRENDIZAGEM - EDUCAÇÃO SEXUAL E EDUCAÇÃO INCLUSIVA

terça-feira, 16 de junho de 2015

VIDA AFETIVA , PROCESSOS DE AUTO SABOTAGEM E PSICOTERAPIA...cont. II


CONDICIONAMENTOS NEGATIVOS QUE ao longo da vida não percebemos  
- contribuições dos processos PSICOTERAPÊUTICOS.

A vida é extremamente sábia, ela nos   mostra a verdade, ela nos traz o resultado de nossas atitudes, sejam elas conscientes - ou seja, aquelas que percebemos e sabemos o que estamos fazendo - ou inconscientes - quando não sabemos verdadeiramente o que estamos fazendo. Em ambas situações, somos influenciados pelos reflexos do inconsciente que não percebemos, de todos os aspectos, sejam  positivos ou negativos que adquirimos ao longo da vida, seja na educação, cultura, criação, amizades, amores, etc.

A psicologia nos ensina que toda e qualquer aprendizagem se dá através da repetição de comportamentos...ou seja, “comportamentos condicionados” (Behaviorismo). Imagine uma pessoa que nasceu e cresceu num lar vendo  seus pais brigando, discutindo, e se agredindo.  Seu referencial é que casamento, homem e mulher é  assim mesmo. Discutir e se agredir é normal.  porque esta situação  sempre esteve presente em sua infância.  Porém, será preciso entrar num relacionamento afetivo, e sofrer as consequências ruins que  este poderá causar  para perceber que, por mais que várias pessoas que você conhece  entrem em relacionamentos patológicos, e conseguem supera-lo, e em muitas vezes até dizer que são felizes,  isso não significa que  se sintam bem, que não sofram, que não chorem...etc. O relacionamento  afetivo quando é patológico é como  um rio poluído : nos acostumamos com ele, nos banhamos nele, nos alimentamos dele porém, sabemos que ele não faz bem à saúde.
PORQUE “BUSCAMOS” MESMO QUE , INCONSCIENTEMENTE, RELACIONAMENTOS QUE NÃO NOS SATISFAZEM? PORQUE VIVENCIAMOS SITUAÇÕES OPOSTAS AO QUE ALMEJAMOS?
 Pode ser que o que achamos que vai nos ajudar seja justamente o que nos afasta de nossos objetivos. Ou seja: nosso inconsciente nos induz a buscar relacionamentos patológicos por acreditar, (pela nossa experiência) que é esse o modelo de felicidade quando se trata de relacionamento afetivo entre um homem e uma mulher.  O   mesmo acontece quando precisamos de água, mas acabamos buscando e consumindo uma água suja que nos faz mal, achando que nos fará bem.
Muitas vezes carregamos crenças que acreditamos nos ajudam a sermos felizes, quando essas fazem justamente o contrário. Isso geralmente acontece quando não estamos trabalhando nossa percepção da realidade e consciência, nos deixando levar pelos impulsos inconscientes, crenças e hábitos, como no caso da crença da felicidade atrelada ao parceiro afetivo, ou seja no príncipe no cavalo branco e na princesa linda e dependente de um herói que irá salva-la da bruxa, madrasta ou sociedade má. Significa claramente que não aprendemos a discernir fantasia da realidade. Que temos dificuldade de aceitar o parceiro como ele é, não percebendo o próprio aprendizado que está implícito nas relações afetivas. Sejam elas quais forem.

A ideia de ficar só é algo tão assustador e que soa tão deprimente, que a rejeitamos veementemente. A dificuldade em desapegar da necessidade de ter um parceiro para ser feliz, é histórica, pois essa é uma crença que conscientemente as pessoas não desejam se desfazer. Recusam-se sequer em pensar que podem ficar sozinhas. Mas se estivermos bem sozinhos, por que rejeitar isso?  
continua.....