A PSICOLOGIA BEHAVIORISTA E A LEI DO CONDICIONAMENTO AFETIVO
By: VMC
De acordo com esta escola
psicológica, toda aprendizagem origina-se de um mesmo comportamento, reforçado
positiva ou negativamente por um determinado período, esse comportamento tende
a se repetir “ad eternum”, ou seja: Todo estímulo “Elicia uma Resposta (E=R) - Significa que, mesmo sofrendo, aprendemos a emitir a mesma resposta (seja por reforço
positivo ou pelo castigo).
A escola Behaviorista afirma que toda aprendizagem (seja
cognitiva, afetiva ou psicomotora) se dá a partir de uma modelagem (exemplos na
família, ESCOLHA DE UM MODELO) e se perpetuam pela repetição desse comportamento, seja através de
reforços positivos ( ELOGIOS, PRESENTES, ) ou negativos (CASTIGOS, AMEAÇAS PUNIÇÕES, etc.) . Dessa forma
aprendemos a dar e receber afeto. Acreditar ou não que somos uma pessoa amada,
inteligente ou uma pessoa desprezível que não merece ser amada. Aprendemos também pela dor, castigos, ameaças, que essas são as únicas forma de nos sentir amados (afetos patológicos).
Porém, o legal dessa teoria é que tudo pode ser
modificado. A partir de um novo modelo, de treinamentos (psicoterapias) e uma
boa dose de esclarecimentos e força de vontade da pessoa, qualquer um pode
redirecionar comportamentos, sentimentos, atitudes e, transformar-se em um novo
ser humano, mais equilibrado emocionalmente e, mais efetivo em suas atitudes
cotidianas. Ou seja, quando entendemos e aprendemos
nossos “modelos condicionados” e fixamos objetivos claros e possíveis em prazos
pré- determinados, podemos efetivamente modificar nossos pensamentos, emoções,
sentimentos e nos respeitar como seres humanos mais equilibrados e mais
felizes.
Na psicoterapia, aprendemos a ter consciência sobre
nossas dificuldades, medos, inseguranças e nossos recalques. Aprendemos a nos conhecer
melhor, ressignificar alguns conceitos e/ou pré-conceitos, por mais que sejam
dolorosos, desagradáveis ou traumáticos. Aprendemos a sair do processo de
vitimização para uma nova perspectiva de auto respeito, autovalorização,
autoconfiança. auto amor, enfim, auto estima.
porque
desejar ardentemente um parceiro (a) - MEU QUERER É SAUDÁVEL?
Infelizmente aprendemos
(condicionamento) que procurar nossa “cara-metade” é uma tarefa obrigatória que exige um esforço ilimitado para nos trazer o “par perfeito” em algum momento de nossa vida. Porém, o
querer excessivo, o desejo de encontrar alguém que reflita nosso desejo, que
tenha os mesmo gostos, que tenha o mesmo credo, que goste das mesmas coisas etc. nos transforma e um ser controlador,
desesperado e angustiado - um condicionamento que muitos de nós carregamos - tal comportamento apenas nos afasta ainda mais dessa
possibilidade. Ou seja, nos afasta da possibilidade de encontrar um parceiro
(a) cuja convivência possa nos fazer harmônicos, amigos, amantes, felizes. Muitas
vezes não percebemos que aquilo que acreditamos
ser um desejo, na realidade é um vazio, uma carência , algo mal trabalhado
dentro de nós se disfarçando de querer, ou seja: não será um outro ser humano
que irá preencher tal vazio.
Nessas condições, nos tornamos seres vulneráveis, irascíveis,
ao ponto de cair no hábito de rejeitar certas
características e atitudes do (a) parceiro (a) que consideramos inaceitáveis,
insistindo e pressionando o outro a mudar ( mesmo que o outro pode precisar mudar!), porém, sem percebermos aquilo que nós mesmos precisamos transformar em nós. No
processo psicoterápico, aprendemos uma lei fundamental no processo evolutivo da
natureza humana: Ninguém muda ninguém. Ninguém transforma ninguém. O amor não
transforma o ser amado. A ideia é ao contrário: Durante o processo de autoconhecimento você
aprende que: Se você muda, o mundo muda com você.
O medo da solidão, não irá
desaparecer enquanto não aprendermos a
lidar com os sentimentos e os pensamentos ruins que ela traz. Há milhares de casais hoje em dia que sofrem do mal da "solidão a dois" . No processo
psicoterápico você aprende a conviver consigo mesmo (a). Aprende a respeitar
suas necessidades de intimidade, individualidade. Se você tem medo da solidão,
irá desejar que seu parceiro (a) seja seu eterno companheiro (físico, emocional
e espiritualmente) . Ou seja: deseja, controla e exige do outro um relacionamento
compartilhado em tempo integral . Isso não é saudável. Ninguém pode estar
disponível para o outro o tempo todo. Necessitamos, todos, de momentos para
refletirmos, realizar atividades individuais, conversar com outras pessoas,
amigos, familiares, enfim, conversar com as estrelas, com Deus, com a natureza,
ou até mesmo, conversar consigo mesmo.
Continua...