PSICOPEDAGOGIA NEUROPSICOLÓGICA - ESPAÇO PARA DISCUSSÃO DE TEMAS RELATIVOS A PSICOLOGIA E PSICOPEDAGOGIA. EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PSICÓLOGOS.REABILITAÇÃO COGNITIVA E EDUCAÇÃO INCLUSIVA. TEMAS RELACIONADOS AO ESTUDO DA PSICOPEDAGOGIA, PSICOLOGIA CLÍNICA, NEUROPSICOLOGIA CLÍNICA E REABILITAÇÃO COGNITIVA - DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM, SÍNDROMES DA APRENDIZAGEM - EDUCAÇÃO SEXUAL E EDUCAÇÃO INCLUSIVA

terça-feira, 24 de novembro de 2020

 

A causa dos comportamentos destrutivos


por
 Andre   Lima 

 andre@eftbr.com.br

Adotamos alguns comportamentos que nos causam prejuízo. São coisas que fazemos que muitas vezes temos consciência que são nocivas, mas continuamos a fazer mesmo assim. Exemplos: dormir poucas horas; trabalhar em excesso; não praticar alguma atividade física; fumar; deixar de ir ao dentista; beber em excesso; manter-se em um relacionamento destrutivo; gastar dinheiro com algo completamente inútil; deixar tudo desorganizado; alimentar-se mal e etc..
São comportamentos que acabam prejudicando a saúde, a parte financeira, os relacionamentos e a nossa qualidade de vida em geral. Alguns julgam que agimos dessa forma por fraqueza, falta de disciplina e de força de vontade. Entretanto, cuidar de si mesmo e fazer coisas em benefício do próprio bem-estar deveria ser algo que acontece sem esforço algum, de forma natural e espontânea. Mas não é o que ocorre.  Racionalmente, não faz sentido prejudicar a si mesmo.
 

Agimos dessa forma guiados por fatores inconscientes. São sentimentos negativos que acumulamos durante a vida que encobrem o nosso amor próprio, baixando nossa autoestima. Surgem processos de autopunição e autossabotagem.
 

Dentro de nós existe um Eu verdadeiro, mais profundo, que está sempre lá, em paz e feliz. Entretanto, esse Eu verdadeiro pode estar temporariamente encoberto com nuvens negras que nada mais são do que sentimentos negativos que acumulamos durante a vida e que nos impedem de sentir paz e alegria que é o que temos na nossa essência. As nuvens não fazem parte de nós e podem ser dissipadas. A essência continua sempre lá, pois ela é nossa única parte verdadeira.
 

As nuvens negativas criam uma entidade sofredora que tem vida própria e que toma conta dos nossos pensamentos e nos leva a fazer coisas que não são as melhores para a nossa vida. Sentimentos de medo, culpa, rejeição, traumas, mágoas, abandono, raiva, tristeza e outros fazem parte dessa entidade sofredora.
 

Essa negatividade é que nos faz ter preguiça de praticar exercício; leva-nos a comprar algo que não precisamos por impulso; convence-nos a começar a se alimentar melhor somente na segunda-feira que vem; faz-nos ficar na televisão até mais tarde e perder preciosas horas de sono que o nosso corpo precisa.
 

Eckhart Tolle, no livro "O despertar de uma nova consciência", chama essa entidade sofredora de "corpo de dor". Outros chamam de "sombra". É ela que nos arrasta para os comportamentos destruidores, desde os mais leves aos mais pesados. Quanto mais sentimentos acumulados, maior será a força da sombra e mais destrutivos serão nossos comportamentos.
 

Pessoas que se envolvem com uso pesado de drogas estão sendo controladas pelas sombras que acumularam durante a vida que é composta por uma série de emoções negativas. E a maioria nem tem consciência que é essa infelicidade que elas não sabem lidar que as levam para a autodestruição. Não têm noção do quanto essa força tem poder sobre suas vidas. Aliás, a falta de autoconhecimento é tão grande que nem sabem que guardam tanta coisa emocional. Consequentemente, também não sabem que a única forma de melhorar ou acabar de uma vez com o comportamento destrutivo é através da eliminação dessa emoções em conflito. Enquanto essas emoções estiverem guardadas, será preciso uma luta constantemente para se manter longe da droga. Esse é o mesmo mecanismo que leva as pessoas ao  vício do jogo; aos relacionamentos com pessoas agressivas; compulsão alimentar; compulsão por compras etc.. 

Sempre que atendo alguém com a *EFT (técnica para autolimpeza emocional, veja como receber um manual gratuito no final do artigo), o foco do trabalho é encontrar essas emoções negativas e utilizar a técnica para dissolvê-las. Assim, atuamos na causa fundamental que está por trás do comportamento. Depois que a emoção é resolvida, mudar o comportamento é uma consequência natural, não requer esforço. Você volta a ser quem você verdadeiramente é. Sai a nuvem negra que estava no comando.
 

Quanto mais equilibrados estamos, mais temos o desejo natural de cuidar de nós mesmos: comer coisas mais saudáveis, dormir mais cedo, exercitar-se. Quando tentamos mudar o comportamento sem mudar o que está dentro de nós, o resultado é que temos que gerar um grande esforço, que nem sempre conseguiremos manter por muito tempo.

Além dos comportamentos destruidores mais visíveis como os já citados, existem outros mais sutis. Nos relacionamentos, por exemplo, surgem dificuldades em impor limites; fazemos coisas que nos desagradam para agradar ao outro por medo da rejeição; brigamos por motivos bobos; geramos tensão ao sentir ciúmes e tentar controlar. Tudo consequência da atuação da nossa sombra.  

André Lima -EFT Practitioner. 

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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

 

Deficiência de AADC: o que é, sintomas e diagnóstico

Doença genética rara pode causar uma série de distúrbios neurológicos em crianças

O que é

A deficiência da descarboxilase dos aminoácidos L-aromáticos, também chamada de AADC, é uma doença genética rara que causa complicações no sistema nervoso central e periférico. As mutações que ocorrem no gene afetam a capacidade do cérebro de produzir dopamina e serotonina, dois dos principais neurotransmissores do organismo humano.

Hélio Van der Linden Júnior, neurologista infantil e neurofisiologista, explica que a deficiência de AADC costuma se manifestar nos pacientes já no primeiro ano de vida, fazendo com que muitos não possuam marcos motores básicos, como a capacidade de sustentar a cabeça. Por isso, é comum que muitas crianças recebam outros diagnósticos, como paralisia cerebral ou doença neuromuscular.

Sintomas

Os possíveis sintomas da deficiência de AADC são:

  • Atraso global do desenvolvimento neuropsicomotor, como caminhar e falar
  • Hipotonia (bebê "molinho")
  • Crises de versão dos olhos para os lados ou para cima (chamadas crises oculógiras)
  • Transtornos do movimento, principalmente distonia (um distúrbio que causa um movimento de "torção" dos membros) ou bradicinesia (pouca movimentação espontânea)
  • Disfunção autonômica (suor excessivo, palidez, alteração dos batimentos cardíacos, instabilidade da temperatura corporal e congestão nasal)

Causas

O médico neurologista Hélio Júnior conta que a AADC é uma enzima essencial para a formação de importantes substâncias do cérebro (neurotransmissores), como serotonina, dopamina, epinefrina e norepinefrina.

"Diante da deficiência destes neurotransmissores, um conjunto de sinais e sintomas irão aparecer. Logo, a doença é por causa genética, secundária a variantes patogênicas (mutações) do gene DDC. É uma condição autossômica recessiva, ou seja, para que a doença se instale, é necessário que ambos alelos do gene (a parte do gene que vem do pai e da mãe) contenham a alteração patogênica", explica.

Nesse sentido, quando um dos pais da criança apresenta um dos alelos com essa mutação, ele se torna apenas portador da doença, sem que se apresentem sintomas. Porém, as chances de que seus filhos sejam afetados pela condição é de 25%.

Diagnóstico

De acordo com o Grupo de Trabalho Internacional sobre Distúrbios Relacionados a Neurotransmissores, 130 pacientes já foram descritos com a deficiência de AADC no mundo, sendo a maior parte deles (cerca de 30%) de Taiwan.

Pesquisadores da faculdade de medicina do Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto explicam que, na maioria das vezes, o diagnóstico da doença pode demorar para acontecer. Além da deficiência de AADC ser rara e pouco conhecida, alguns dos sintomas iniciais são comuns em outras doenças neurológicas, como a hipotonia e o atraso neuropsicomotor.

Entretanto, os estudiosos ressaltam que alguns dos sintomas, como as crises oculogíricas, o distúrbio de movimento (como a distonia) e a ptose palpebral, são mais específicos para o diagnóstico de deficiência de AADC, especialmente quando combinados, pedindo por uma análise médica mais detalhada.

Exames solicitados

O neurologista Hélio Júnior explica que, após uma suspeita clínica, em locais onde há disponibilidade de análise de neurotransmissores no líquido cefalorraquidiano (o líquido que circula pelo cérebro e medula espinhal), é possível identificar as alterações típicas da doença.

"No entanto, no Brasil, não temos laboratórios que façam esse estudo de neurotransmissores. Assim, outros exames podem ajudar, como a dosagem da substância 3-OMD, que encontra-se elevada na deficiência de AADC. Quando elevado, parte-se para o estudo genético, ou seja, a análise do gene, para verificar a presença das variantes patogênicas", conta.

Outra possibilidade em casos de suspeita clínica é solicitar diretamente o estudo genético, através da análise do gene DDC ou de painéis de genes disponíveis em laboratórios de genética molecular.

Tratamento

Os tratamentos disponíveis atualmente visam, principalmente, amenizar os sintomas e as complicações geradas pela falta dos neurotransmissores. Assim, alguns dos principais métodos utilizados são:

  • Medicações que funcionam como co-autores (auxiliares) da função residual da enzima, como a piridoxina ou piridoxal fosfato
  • Agonistas dopaminérgicos para aumentar a atuação da dopamina
  • Inibidores de enzimas que degradam a serotonina
  • Medicações usadas para tratar distúrbio do movimento

"Melatonina também pode ser uma boa opção para tratar os distúrbios do sono nestes pacientes. No entanto, muitas pessoas não respondem bem ao tratamento sintomático e seguem o curso da doença", explica o médico Hélio Júnior.

Deficiência de AADC tem cura?

Por se tratar de uma deficiência rara, ainda há uma série de estudos envolvendo a deficiência de AADC, a fim de buscar o tratamento ideal para essa condição. Diversos países lideram pesquisas no campo da terapia gênica, buscando possíveis formas de reparar o defeito genético causado pela condição.

"Vale ressaltar que, até o momento, nenhuma agência reguladora autorizou a comercialização desta técnica. Ou seja, é importante que as famílias fiquem conscientes que, embora promissor, trata-se ainda de um tratamento em estudo, que está sendo testado para confirmar benefícios e assegurar que não haja efeitos colaterais importantes", finaliza Hélio Júnior.

Complicações

De acordo com dados computados por pesquisadores da faculdade de medicina do Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto, a taxa de mortalidade associada à deficiência de AADC é de 10%.

A resposta dos pacientes ao tratamento é extremamente variável, fazendo com que os cientistas observassem que, quando a resposta às terapias medicamentosas é insatisfatória, o quadro de complicações neurológicas pode evoluir.

Fontes

Hélio Van der Linden Júnior, neurologista infantil e neurofisiologista, CRM-GO 10275

Gabriela Rezende Spini; Thainá Giachini Segantini; Thaís Giachini Segantini; Zumira Aparecida Carneiro; Charles Marques Lourenço - Faculdade de Medicina - Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

 

Identidade de gênero, sexualidade e sexo: entenda os termos

Sexualidade engloba conceitos como orientação sexual, enquanto a identidade de gênero é como a pessoa se percebe no mundo

Sexualidade, identidade de gênero e sexo biológico. Esses são três conceitos diferentes, mas que muitas pessoas ainda não conseguem diferenciar. Na realidade, cada um está associado à experiência, vivência e identificação dos indivíduos, porém de maneiras distintas.

Compreender os termos é fundamental para respeitar a diversidade do ser humano e quebrar preconceitos que ainda permeiam nossa sociedade. A seguir, o psicólogo Marcos Santos, especialista em Sexualidade Humana da plataforma Sexo sem Dúvida, explica o que significa cada expressão.

Identidade de gênero, sexualidade e sexo

De acordo com Marcos, a sexualidade envolve tudo o que nos constitui humanos, enquanto o sexo é uma parte integrante de nossa biologia. Já a identidade de gênero é a parte psicológica íntima da pessoa, que pode ou não se conformar ao seu meio externo.

Assim, dentro da sexualidade, são encontrados vários marcadores da cultura humana, da atração e da busca por satisfação afetiva-sexual. "Isso não é, necessariamente, sinônimo de ato sexual e não se limita à presença ou não de orgasmo", alerta Marcos.

Embora culturalmente seja utilizado para descrever o ato sexual íntimo, o sexo é um dado biológico que se refere aos órgãos sexuais, cromossomos e hormônios de cada ser humano. Pode ser predominantemente feminino, masculino ou ainda intersexual.

Por sua vez, a identidade de gênero traduz como a pessoa se percebe, se sente e se enxerga diante do mundo. Ou seja, como ela se identifica ou não com os modelos e referências do ser homem ou ser mulher no mundo, o que não é determinado pelo sexo biológico.

Sexo biológico

Em termos simples, o sexo diz respeito às características biológicas da pessoa. Essas particularidades podem incluir cromossomos, genitália, composição hormonal, entre outros. Em geral, isso quer dizer que a pessoa pode nascer "macho", "fêmea" ou intersexual.

Sexualidade

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sexualidade se expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas e como estas tocam e são tocadas. Ela influencia pensamentos, sentimentos, ações e integrações - e, portanto, a saúde física e mental.

É uma parte integral da personalidade construída ao longo de toda a vida, através das relações com o outro. Seu desenvolvimento depende de necessidades básicas, como desejo de contato, intimidade, expressão emocional, prazer, carinho e amor.

Assim, é importante esclarecer que nenhuma orientação sexual é uma opção, mas uma condição natural dos seres humanos. Conheça algumas expressões usadas para classificar a orientação sexual individual:

Heterossexual

Uma pessoa heterossexual se sente atraída sexual, emocional ou afetivamente por pessoas do gênero oposto ao seu. Usualmente, os indivíduos não precisam ter experiências sexuais com pessoas do outro sexo para se identificar como tal.

Homossexual

Uma pessoa homossexual se sente atraída sexual, emocional ou afetivamente por pessoas do mesmo sexo (ou gênero). O termo homossexual pode se referir a homossexuais femininas (lésbicas) ou homossexuais masculinos (gays).

Bissexual

Uma pessoa bissexual pode se sentir atraída por pessoas de ambos os gêneros feminino e masculino de maneira emocional, afetiva ou sexual. "Essa atração não interfere na identidade de gênero da pessoa. Mulheres bissexuais se sentem como mulheres e não como homens. Os homens bissexuais se sentem como homens e não como mulheres", acrescenta Marcos.

Identidade de gênero

A identidade de gênero é um sentimento que todo ser humano tem sobre si, sua percepção de ser homem ou ser mulher no mundo. Trata-se de uma experiência interna e individual, que pode ou não corresponder àquela atribuída ao seu sexo biológico no nascimento.

Isso acaba incluindo o senso pessoal do corpo (que pode envolver, por livre escolha, modificação da aparência ou função corporal por meios médicos, cirúrgicos e outros) e outras expressões de gênero, como a forma de se vestir.

Identidade de gênero x Expressão de gênero

Do ponto de vista educacional, é preciso diferenciar identidade de gênero e expressão de gênero - que é a forma como a pessoa manifesta publicamente essa identidade de gênero. Isso inclui seu nome, vestimenta, corte de cabelo, comportamentos, características corporais e a forma como interage com as demais pessoas.

"A identidade de gênero não está necessariamente sempre visível para as demais pessoas, já que ela é de ordem psíquica, subjetiva e individual. No entanto, é por meio da expressão de gênero da pessoa que sua identidade de gênero costuma ser percebida pelas demais", afirma Marcos.

CIS e TRANS

Dentro das expressões de gênero, o termo cis é utilizado para descrever pessoas que se identificam, em todos os aspectos, com o gênero que lhe foi atribuído ao nascer. Ou seja, indica o indivíduo cuja identidade ou expressão de gênero está em conformidade com a categoria de gênero que lhe foi atribuído (homem ou mulher).

Já o termo trans (ou transgênero) é usado para pessoas cuja identidade de gênero, expressão ou comportamento de gênero não se conformam com o que lhes foi atribuído ao nascer. E isso nada tem a ver com a orientação sexual da pessoa.

Assim, um homem trans descreve uma pessoa que nasceu com o sexo feminino, mas possui uma identidade de gênero masculina. Uma mulher trans, por outro lado, indica uma pessoa que nasceu com o sexo masculino, mas possui uma identidade de gênero feminina.

Outras expressões de sexualidade

Além desses termos mencionados, reconhecidamente, surgiram diversas identificações para se referir à sexualidade de uma pessoa - e somente ela própria pode se identificar e se auto analisar. Marcos exemplifica isso com o conceito da assexualidade, quando um indivíduo não sente nenhuma atração ou desejo sexual por ninguém, seja de gênero oposto ou igual ao seu.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Síndrome da vagina morta: teoria que viralizou é verdadeira?

Teoria afirma que o uso constante de vibradores pode causar dormência permanente na região íntima

Durante o período de quarentena e isolamento social, com a pandemia do novo coronavírus, as relações sexuais entre parceiros que não moram na mesma casa foram comprometidas. Como alternativa para manter a intimidade em dia, pessoas de todo o país começaram a praticar o sexting (sexo por mensagem) e a masturbação com uma frequência maior que anteriormente.

Com isso, voltou a ser discutido nas redes sociais as possíveis consequências que a masturbação diária pode trazer ao corpo. O termo "síndrome da vagina morta" ganhou popularidade, afirmando que o órgão feminino perde a sensibilidade de forma definitiva caso seja feito o uso excessivo de vibradores.

Os "idealizadores" desse fenômeno afirmam que a região vaginal se torna dormente, fazendo com que a mulher não sinta mais prazer ao realizar outros tipos de atividades sexuais, criando um certo vício e dependência do vibrador. Mas será que isso é mesmo possível? Afinal, a masturbação constante com vibradores pode prejudicar o funcionamento da vagina?

Síndrome da vagina morta é real?


via GIPHY

Carolina Ambrogini, ginecologista especializada em sexualidade, explica que essa teoria não passa de um mito. "O vibrador é um excelente método para masturbação e gera sensações diferentes, mas não substitui a relação sexual. Ele pode gerar uma excitação mais intensa, mas não vai impedir que a mulher tenha outros tipos de estímulos", conta.

De acordo com a médica, não existe um vício no estímulo gerado pelo vibrador, já que o prazer está mais relacionado com o cérebro do que com o órgão genital. Carolina esclarece que, na verdade, tudo começa com a fantasia, desejo e percepção sensorial - como toque, cheiro e a sensação de um beijo, por exemplo.

"A partir do momento que a mulher se erotiza com essas coisas, isso gera um estímulo cerebral e a vulva responde com uma sensação de excitação, o que causa a vontade de se tocar. Esse toque emite uma mensagem para o cérebro, informando que aquilo é algo bom", afirma a ginecologista.

Rumores como esse podem causar limitações ao prazer feminino, utilizando ideias conservadoras que podem gerar um forte impacto negativo no bem-estar da mulher. Reprimir a sexualidade e ter medo de explorar o próprio corpo são atitudes que afetam a saúde mental, as relações interpessoais e a própria autoestima.

"Nossos prazeres são múltiplos. A gente pode, inclusive, ter orgasmo só com um sonho. Nossa sexualidade é muito mais ampla, versátil e plural do que os mitos criados", finaliza Carolina Ambrogini.

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Vagina: o que acontece dentro dela na hora do sexo

Durante excitação e penetração, vagina passa por algumas mudanças; entenda e aprenda a usá-las a seu favor

Conteúdo atualizado em 05/08/2020

Ela é rodeada de tabus e "pepeca", "perereca" e "periquita" são alguns de seus apelidos. A vagina proporciona prazer intenso às mulheres e pode até trazer um novo ser humano ao mundo. Mas muitas ainda têm vergonha de conhecê-la e entender tudo que ela pode proporcionar na hora do sexo.

O que é a vagina, afinal?

A vagina é a parte interna do aparelho genital feminino. Tudo que está por fora é a vulva, que abriga os lábios e a uretra. O canal vaginal liga a vulva ao colo do útero, e é lá que o pênis penetra durante o sexo.

Como é a sensação dentro da vagina

Para tentar entender como é estar lá dentro, o jornal britânico Metro pediu que seus leitores heterossexuais descrevessem como era a sensação. Algumas das respostas foram:

  • "Parece uma luva justa cheia de óleo quente"
  • "Um donut de geleia mole e suave que você acabou de perfurar com seu pênis"
  • "Quente, macio e sensível com aquele ligeiro atrito"

Essas respostas dão a pista sobre do que a vagina é feita. De acordo com a ginecologista Patricia Gonçalves de Almeida, o canal é um tubo muscular revestido por fibras musculares e lisas e uma mucosa.

De fato, ela é mais quente do que o resto do corpo. Por causa da intensa circulação de sangue, hormônio e glicose, a temperatura do canal vaginal é alta, semelhante ao canal retal, que é de onde vêm as fezes.

O que acontece na vagina durante o sexo

Foto: ECOSY/Shutterstock
Foto: ECOSY/Shutterstock

Por ser uma mucosa, a vagina também é úmida. E as responsáveis por isso são as Glândulas de Bartholin, na entrada da vagina, e as Glândulas de Skene, de cada lado do canal da uretra.

Quando ficamos excitadas, essas glândulas trabalham ainda mais, lubrificando intensamente. É como se nosso corpo se preparasse para a penetração ainda nas preliminares.

Vagina e vulva
Vagina e vulva

E esse é um dos motivos que justificam a importância desses passos para uma boa transa, mesmo para quem prefere a parte da penetração. Sem boas preliminares, o organismo da mulher não conseguirá entender nem ter tempo para lubrificar a vagina.

Ejaculação feminina

"Algumas mulheres ficam tão excitadas que as Glândulas de Skene liberam um jato de secreção de lubrificação tão intenso que simula a ejaculação no homem", explica a ginecologista.

De acordo com Patrícia, há alguns casos em que ter toda essa lubrificação é, de fato, mais difícil. Segundo ela, mulheres que estão passando pela menopausa ou usando alguns anticoncepcionais podem ter dificuldade de produzir esse ingrediente tão importante.

Na hora da penetração, os músculos do canal vaginal se distendem para se acoplar ao pênis, e a vagina pode aumentar de tamanho e de diâmetro, de acordo com as medidas do pênis do parceiro.

Foto: ECOSY/Shutterstock
Foto: ECOSY/Shutterstock

"Em média a vagina mede 7 a 10 centímetros, variando de acordo com o biotipo da mulher. A extensão da vagina muda de acordo ao tamanho do pênis, durante a penetração, contudo tem de ser proporcional, para que não haja lesões ou lacerações da vagina", explica Patrícia.

No entanto, ao contrário do que dizem algumas lendas, fazer sexo não é capaz de alterar o tamanho ou o diâmetro da vagina definitivamente. Ela só pode ficar mais alargada com uma dilatação intensa, com penetração de objetos grandes ou em partos de bebês muito maiores do que a vagina suporta.

quarta-feira, 22 de julho de 2020

A Verdadeira Força está em compreender e aceitar a dor emocional - Escola Psicologia 
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A Verdadeira Força está em compreender e aceitar a dor emocional 
Posted: 06 Dec 2012 07:51 AM 


 Inevitavelmente todos nós passamos por alguns momentos difíceis na nossa vida. Frustrações, perdas e decepções oriundas de várias situações que enfrentamos e temos de lidar causam-nos dor emocional. Empurram-nos para baixo, afetam-nos negativamente o nosso dia a dia. Vamos sentindo um enorme pesar, sentimos o nosso bem-estar a ser afetado e por vezes sentimo-nos infelizes. 

Quando chegamos ao ponto de ver a nossa felicidade a esfumar-se, a carga emocional negativa aumenta e tudo nos parece um enorme tormento. Na grande maioria das vezes o sofrimento instala-se pelo fato de não compreendermos e aceitarmos a dor emocional. Não me refiro a aceitar no sentido de gostarmos, desejarmos ou de forma passiva adaptarmo-nos a esse sentimento negativo. Não, não é isso. O que pretendo demonstrar neste artigo, é que, a dor emocional é muito mais uma avaliação que a pessoa faz de acordo com as suas crenças, expetativas e desejos, do que propriamente algo que só por si gera sofrimento. 

FICAR TRISTE NÃO SIGNIFICA SER-SE FRACO 

Por vezes quando passamos por uma dificuldade na vida, em que o nosso humor diminui e perdemos a vontade para grande parte das coisas, há algumas áreas em que conseguimos ter a perceção de que temos de ser fortes. Temos de ser forte pelos filhos, pelos amigos, pelo parceiro. Construímos esta ideia de que ser forte significa não ficar triste, abatido ou com o humor diminuído. A tristeza é parte da vida, sem exceções para ninguém. No entanto essa tristeza que é comum a todos nós, tem vindo a ser repudiada, odiada e mal amada. Muitos de nós temos que fingir uma vida em que negar a tristeza é mais admirável ou aceite do que reconhecer a tristeza como um fato. Sentir tristeza quando algo menos bom, terrível ou catastrófico está acontecendo é apropriado e verdadeiro. É claro que se eu tiver a passar por um momento difícil não seria apropriado deitar-me no chão e chorar desalmadamente na frente dos meus filhos, mas mostrar-lhe que um adulto pode suportar a sua tristeza e recuperar-se é uma lição importante para eles aprenderem. 

A VERDADEIRA FORÇA 
A nossa força, seja ela força vital, força emocional, força interior, força de vontade ou tenacidade mental é muito mais uma maneira de lidar com os desafios da vida, do que sermos impenetráveis aos sentimentos desagradáveis. É muito mais uma ideia construída de que podemos orientar o nosso pensamento e a nós mesmos, mesmo em sofrimento, para uma atitude positiva, uma atitude de enfrentamento e de motivação para a superação. Os desafios irão aparecer, isso é uma certeza. Mas conseguirmos reconhecer a verdade, aceitar o que sentimos no nosso corpo, enfrentar os ressentimentos e deceções, sentimentos negativos e angústias é o primeiro passo na construção da nossa força. Em seguida devemos dar-lhes atenção, trabalhar nesses aspetos desagradáveis (sentimentos e pensamentos), aprender com eles e, finalmente, superá-los. Estes são os marcadores da força vital e superação.

 HIPERSENSIBILIDADE À TRISTEZA 
Quantas vezes utilizamos o conceito de tristeza como algo insuportável, indesejável, de sofrimento e mal estar? “Fico triste se não vieres à minha festa de aniversário.” Fazemos de tudo para nos afastarmos do sentimento de tristeza tal qual na idade média as pessoas evitavam a peste negra. Como se ficar triste fosse o fim do mundo, e nós e as outras pessoas fizessemos de tudo para que a tristeza não tome o seu lugar. Todos nós, de uma forma geral temos vindo a ficar hipersensíveis à tristeza e a outro tipo de emoções negativas responsáveis pelo sentimento de dor emocional. A tristeza banalizou-se, generalizou-se, foram-se associando outros sentimentos ao conceito de tristeza. Associaram-se sentimentos dos mais subtis, como um pequeno desapontamento, aos mais evasivos, como a perda e o luto. Repudiamos a tristeza, abominamos os sentimentos negativos e estigmatizámos a dor emocional. Mas tudo isto, todas estas emoções, sentimentos e sensações desagradáveis fazem parte da condição humana. 
Tudo isso vive em nós e através de nós. Tem a sua utilidade, e não tem necessariamente de conduzir-nos ao sofrimento e infelicidade. Enquanto sociedade, nós não temos nenhuma ideia de como aceitar e viver com os sentimentos de tristeza ou medo, ansiedade, raiva ou frustração por aquilo que tudo isso representa para nós seres humanos, informação útil. Sim, a tristeza é informação útil em forma de sensações desagradáveis. Nós não somos educados a lidar com emoções difíceis, uma das habilidades mais importantes da vida. Nós não sabemos como deixar a tristeza simplesmente acontecer. Nós não aprendemos a presenciar o sentimento de tristeza, apenas por aquilo que ela é: tristeza. 
Acreditamos que ao invés de experimentar tristeza, ou permitir senti-la dando lugar à sua existência, devemos tornar-nos na tristeza, e passamos a ser uma pessoa triste. Fomos ensinados (e estamos ensinando os nossos filhos) que a tristeza é inimiga, e que, se nós permitirmos que exista em nós, ele irá destruir-nos. Como resultado, nós vamos fazer tudo para evitar sentir tristeza. 

NEGAÇÃO DA TRISTEZA E OUTROS SENTIMENTOS INCÔMODOS Quando negamos a tristeza, quando a olhamos como um inimigo, quando fazemos de tudo para nos ajudar a evitar o sentimento de tristeza, é como entrar num terreno pantanoso, quanto mais nos esforçamos para não nos afundarmos mais nos afundamos. E, quando aquilo que fazemos não é suficiente para suprimir o sentimento e evitar a dor emocional, sofremos. Julgamo-nos fracos, e pior, ficamos incapazes de sentir aquilo que é apropriado. 
Na verdade, podemos aprender a conviver com a tristeza, não temê-la, mas simplesmente aceitá-la como uma outra das experiências de vida que pode ser vivida. O fato da tristeza se fazer sentir não é um sinal do nosso fracasso, sofrimento ou infelicidade, nada disso. Não querer sentir tristeza na presença de uma situação desagradável, como a perda de um ente querido, não é um sinal de força, a não ser talvez a força da negação. A tristeza é apenas uma parte da vida. Quanto mais cedo nos permitirmos a conviver com esse sentimento e outros sentimentos negativos, mais cedo poderemos seguir com a nossa vida em frente. 
Olhar a tristeza de frente, como aquilo que ela é e representa, aceitando-a, evita que possamos desenvolver ansiedade e depressão. Quando nos permitimos sentir tristeza quando é justificável, quando nos permitimos abraçá-la e ficarmos de bem com ela, não julgar a nós mesmos e experienciá-la, é então que nos abrimos à possibilidade de um crescimento verdadeiramente forte e saudável. Sabemos que podemos enfrentar com confiança o que vier. A saber: A verdadeira força só pode surgir da verdade e realidade sentida. Assim também, quando somos capazes de sentir tristeza, nós também somos capazes de sentir alegria quando ela aparece, e a gratidão que a acompanha. Não podemos negar as emoções que não desejamos e esperar sermos capazes de experimentar plenamente as emoções que nós queremos. Nós não precisamos de despender tanto esforço para afastar o sentimento de tristeza numa tentativa de controlar as nossas vidas. O que precisamos é ensinar a nós mesmos e às crianças que, quando acontecem coisas tristes, podemos experimentar tristeza sem que isso nos afete o nosso bem-estar geral. A tristeza vai e vem (tal como o sentimento de felicidade) e que, em última análise, não são sentimentos permanentes. 

O LADO POSITIVO DA TRISTEZA E OUTROS SENTIMENTOS NEGATIVOS 

Os sentimentos não são bons nem maus, são apenas informação. Esta afirmação pode parecer demasiado romântica, à primeira vista sim. Mas, se aprofundarmos um pouco a análise dos benefícios dos sentimentos e sensações incómodas que sentimos no nossos corpo, é razoável afirmar que são vitais para uma vida apaixonada, motivada e psicologicamente satisfatória. Os sentimentos negativos e incómodos que nos geram dor emocional podem fornecer informações úteis para guiar-nos ao longo da vida. As emoções e sentimentos negativos tendem a ser melhores servos do que mestres, melhores navegadores do que condutores. Quando seguimos os sentimentos negativos, quando nos fundimos a eles e passamos a agir de acordo com a incapacidade que eles nos transmitem, ficamos desconectados do pensamento mais racional, mais objetivo, podendo levar-nos a agir imprudentemente ou de forma desajustada aos nossos objetivos de vida. Então, quando você não fica alarmado com os seus sentimentos negativos, quando permite experenciá-los e não os avalia de forma prematura, catalogando-os como catastróficos ou incapacitantes, constrói espaço para extrair as informações úteis que estão associadas ao seu incómodo. 

O que está na verdade na raiz desse incómodo: • O que você não tem? • O que você perdeu, ou o que você julgava conseguir? • O que você está evitando? • O que você tem medo ou o que você não é capaz de fazer? • O quanto a situação complica a sua vida, o quanto o diminui, o quanto o angustia? Tente pensar sobre os fatos do que está acontecendo, tanto dentro de você como ao seu redor. Se você está tão ofuscado pelos seus sentimentos que não consegue ver claramente, responder às questões anteriores e/ou falar sobre isso com alguém da sua confiança pode ser bastante benéfico. De certa forma, apresentei algumas das considerações que uso na terapia com os meus clientes, quer na consulta tradicional quer nas consultas de psicologia online. Vai-se conduzindo a pessoa a uma prática regular e disciplinada de colocar-se num estado mental equilibrado, de modo a que possa relaxar, distanciar-se e experienciar o que sente sem avaliações precipitadas e, assim desenvolver uma melhor capacidade de pensar e encontrar uma abordagem mais cautelosa e prudente para a sua vida, que honre os seus sentimentos e os fatos. 

COMPREENDER A VERDADEIRA FORÇA 

Ser forte não é querer não sentir tristeza, mas sim aprender a abraçá-la quando ela se faz sentir, dando-lhe a atenção necessária para que possa ter um melhor entendimento no sentido de encaminhá-lo para as ações que possam restabelecer o seu equilíbrio emocional. É desta forma que pode conseguir desenvolver força emocional ao longo da sua vida. Para sermos fortes emocionalmente, temos de conseguir lidar com a vasta panóplia de sentimentos e emoções negativas que vamos sendo alvo. À medida que vamos exercitando a autoregulação emocional, vamo-nos fortalecendo. A nossa força emocional vai aumentando e a verdadeira força toma lugar na nossa vida. Ficamos capacitados através da exercitação emocional para lidar com as situações desagradáveis e incómodas com que nos vamos deparando. Esta é a força de um guerreiro, a força de um pai sábio. 

A tristeza vai passar, como todas as emoções, mas vamos continuar, mais fortes e mais sólidos na nossa capacidade de viver, aceitar e experienciar o que é. E, o que é, é aquilo que sabiamente o nosso corpo sente. A reter: Se sabiamente na nossa mente e através da estruturação adequada dos nossos pensamentos conseguirmos compreender a mensagem contida nos sentimentos negativos, certamente facilitaremos a sua aceitação e evitamos que se transforme em sofrimento. Abraço 

segunda-feira, 13 de julho de 2020

ACNE? Eu???



Acne: estes alimentos podem ser a causa

Até a carne vermelha, quando consumida em excesso, pode provocar espinhas










Mulher com acne se olhando no espelho - Foto: GettyImages
acne é uma inflamação na pele que acontece quando há um aumento da produção de sebo associado a uma obstrução do folículo pilossebáceo, originando assim os cravos e também espinhas. Ela pode ser ocasionada por diferentes fatores, como hereditariedade, disfunções hormonais e psicológicas. No entanto, a alimentação também influencia de forma direta seu surgimento. Isso porque nosso corpo funciona como uma máquina toda interligada. Sendo assim, o que é ingerido influencia no funcionamento do organismo como um todo. Para falar sobre os alimentos que podem causar acne, o Minha Vida conversou com a médica nutróloga Andrea Quidute Sampaio, membro da Associação Brasileira de Nutrologia e o dermatologista Abdo Salomão Jr., sócio efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia e membro da American Academy of Dermatology.
Confira a seguir os alimentos que, se consumidos em excesso, podem favorecer o aparecimento da acne:

Pães, massas, biscoitos

Diversos tipos de pães sobre uma mesa - Foto: GettyImages
Diversos tipos de pães sobre uma mesa - Foto: GettyImages
Alimentos que levam farinha branca em sua composição são alguns dos principais causadores de quadros inflamatórios na pele. O motivo é que esses ingredientes são ricos em carboidratos simples, que assim como o açúcar, fazem com que se eleve a produção de insulina. ?A substância favorece a produção de andrógenos, hormônios que desencadeiam a produção sebácea?, diz Andrea. Em outras palavras, estimulam a pele a excretar grandes quantidades de óleo e de sebo, o que aumenta a probabilidade de desenvolver acne.

Frituras

Frituras e outros alimentos gordurosos ajudam, e muito, no surgimento da acne. Isso porque os alimentos mais gordurosos acabam estimulando a pele também a produzir mais gordura através das glândulas sebáceas. "Além disso, alimentos como frituras, por exemplo, aumentam o colesterol e triglicerídeos sendo prejudiciais à saúde", diz Abdo Salomão Jr., sócio efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia e membro da American Academy of Dermatology. Uma dieta mais gordurosa também vai fazer com que se tenha liberação de substâncias inflamatórias, que podem estar direta ou indiretamente relacionadas ao desencadeamento da acne.

Leites, queijos e iogurtes

Chocolate amargo em pedaços - Foto: GettyImages
De forma geral, alimentos derivados do leite também estão relacionados ao aparecimento da acne. De acordo com Andrea, existem muitos hormônios biodisponíveis dentro do leite, o que poderia estimular as glândulas a produzirem mais secreções oleosas.

Chocolate

Chocolate amargo em pedaços - Foto: GettyImages
O cacau, principal componente do chocolate não é um vilão. No entanto, outros componentes do chocolate como açúcar, leite e gorduras são prejudiciais para quem quer manter a pele saudável. "O cacau é uma fonte de magnésio e triptofano, nutrientes benéficos por estimularem o organismo a produzir endorfinas e serotoninas, responsáveis pelas sensações de bem-estar e prazer do corpo", explica Andrea. O conselho da especialista é optar por opções que contenham porcentagem de cacau mais alta e, principalmente, consumir o doce com moderação.

Carne vermelha

A carne vermelha conta com alta concentração de ômega 6, substância com efeitos pró-inflamatórios, que podem se manifestar na pele. Além disso, esse tipo de carne também costuma apresentar muita gordura saturada, fator igualmente prejudicial à saúde da pele. "A melhor carne para ser consumida por quem quer evitar a acne é o peixe, como o salmão e o namorado, que recomendo que as pessoas incluam no cardápio três vezes por semana. O frango também é saudável desde que não seja frito", opina o dermatologista Abdo.

Nutrientes que ajudam quem quer se livrar da acne

Para realmente se livrar da acne, o ideal é que se tenha uma alimentação equilibrada, balanceada, rica em frutas, legumes, verduras, cereais integrais, além de uma proteína magra (como os peixes).
Confira a seguir uma lista de nutrientes que ajudam a proteger seu organismo:
  • Zinco: presente no alho, semente de girassol, castanha do Pará, ostras, dentre outros.
  • Cobre: cereais integrais, cacau, frutas secas etc.
  • Selênio: frutos do mar, carnes e castanha do Pará.
  • Vitamina A: ovos, vegetais verde escuros ou de coloração alaranjada, como a abóbora, cenoura e batata doce.
  • Vitamina B5: abacate, batata doce, semente de girassol, lentilha, laranja, entre outros.
  • Vitamina C: laranja, goji berry, acerola, limão, abacaxi etc.
  • Ômega 3: peixes no geral.