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quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Síndrome da vagina morta: teoria que viralizou é verdadeira?

Teoria afirma que o uso constante de vibradores pode causar dormência permanente na região íntima

Durante o período de quarentena e isolamento social, com a pandemia do novo coronavírus, as relações sexuais entre parceiros que não moram na mesma casa foram comprometidas. Como alternativa para manter a intimidade em dia, pessoas de todo o país começaram a praticar o sexting (sexo por mensagem) e a masturbação com uma frequência maior que anteriormente.

Com isso, voltou a ser discutido nas redes sociais as possíveis consequências que a masturbação diária pode trazer ao corpo. O termo "síndrome da vagina morta" ganhou popularidade, afirmando que o órgão feminino perde a sensibilidade de forma definitiva caso seja feito o uso excessivo de vibradores.

Os "idealizadores" desse fenômeno afirmam que a região vaginal se torna dormente, fazendo com que a mulher não sinta mais prazer ao realizar outros tipos de atividades sexuais, criando um certo vício e dependência do vibrador. Mas será que isso é mesmo possível? Afinal, a masturbação constante com vibradores pode prejudicar o funcionamento da vagina?

Síndrome da vagina morta é real?


via GIPHY

Carolina Ambrogini, ginecologista especializada em sexualidade, explica que essa teoria não passa de um mito. "O vibrador é um excelente método para masturbação e gera sensações diferentes, mas não substitui a relação sexual. Ele pode gerar uma excitação mais intensa, mas não vai impedir que a mulher tenha outros tipos de estímulos", conta.

De acordo com a médica, não existe um vício no estímulo gerado pelo vibrador, já que o prazer está mais relacionado com o cérebro do que com o órgão genital. Carolina esclarece que, na verdade, tudo começa com a fantasia, desejo e percepção sensorial - como toque, cheiro e a sensação de um beijo, por exemplo.

"A partir do momento que a mulher se erotiza com essas coisas, isso gera um estímulo cerebral e a vulva responde com uma sensação de excitação, o que causa a vontade de se tocar. Esse toque emite uma mensagem para o cérebro, informando que aquilo é algo bom", afirma a ginecologista.

Rumores como esse podem causar limitações ao prazer feminino, utilizando ideias conservadoras que podem gerar um forte impacto negativo no bem-estar da mulher. Reprimir a sexualidade e ter medo de explorar o próprio corpo são atitudes que afetam a saúde mental, as relações interpessoais e a própria autoestima.

"Nossos prazeres são múltiplos. A gente pode, inclusive, ter orgasmo só com um sonho. Nossa sexualidade é muito mais ampla, versátil e plural do que os mitos criados", finaliza Carolina Ambrogini.

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