PSICOPEDAGOGIA NEUROPSICOLÓGICA - ESPAÇO PARA DISCUSSÃO DE TEMAS RELATIVOS A PSICOLOGIA E PSICOPEDAGOGIA. EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PSICÓLOGOS.REABILITAÇÃO COGNITIVA E EDUCAÇÃO INCLUSIVA. TEMAS RELACIONADOS AO ESTUDO DA PSICOPEDAGOGIA, PSICOLOGIA CLÍNICA, NEUROPSICOLOGIA CLÍNICA E REABILITAÇÃO COGNITIVA - DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM, SÍNDROMES DA APRENDIZAGEM - EDUCAÇÃO SEXUAL E EDUCAÇÃO INCLUSIVA

sábado, 14 de março de 2020

EDUCAÇÃO INFANTIL - O GRITO


Gritar não faz com que crianças aprendam com os erros
Ao elevar o tom de voz ela não assimila a mensagem passada pelos pai
Daniella Freixo de Faria
PSICOLOGIA - CRP 58821/SP
ESPECIALISTA MINHA VIDA
Vale sempre muito a pena refletir sobre como estamos conduzindo a educação das crianças. O grito tem acontecido com bastante frequência. Parece funcionar, mas ao mesmo tempo o aprendizado das crianças não acontece e os gritos se repetem cada vez mais.
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Funciona mais ou menos assim: as crianças começam a obedecer seus pais somente quando os gritos aparecem , como se tivessem criado um espaço de tempo entre o pedido e o grito. O pensamento acontece mais ou menos assim: "como sei que minha mãe ainda não gritou , entendo que tenho ainda mais tempo pra enrolar pra ir tomar banho", por exemplo. Essa é a reflexão da criança que, muito inteligente, percebe o nosso funcionamento e se adequa a ele.
O grito funciona como um grande susto. A criança sente a pressão, a irritação ou até mesmo a raiva e sai em disparada, assustada para fazer o que lhe foi gritado. No grito não absorve o que foi dito, o conteúdo do grito, por isso o pequeno volta a repetir esse mesmo comportamento até que mais um grito acontece. Ou seja, pais e mães passam a gritar todos os dias.
A criança entende que é só no grito que tem realmente que fazer as coisas. Funciona como um grande ciclo vivo, alimentado por nós adultos e pelas crianças. Gritamos, as crianças fazem o que é preciso, sentimos culpa, pedimos desculpa e falamos de uma maneira melhor, mas, no dia seguinte, gritamos novamente e refazemos o mesmo processo de total incoerência na sua forma.
Essa incoerência conta que nossa missão de educadores esta totalmente a mercê de nosso estado interno. Variamos de acordo com o que ocorre em nossos corações, afinal somos humanos, mas essa variação dentro da educação faz com que a confusão na comunicação se instale e a condução tão necessária se perca no meio do caminho. Educar assim é bem mais difícil.

Cuidar de como nos comunicamos é o primeiro passo. Olhar nos olhos, ir até a criança e falar com clareza e cuidado do que precisa acontecer. Isso facilita o dia a dia nas tarefas necessárias e repetitivas. Para isso, começamos cuidando para afirmarmos, conduzirmos a criança ao invés de perguntarmos se ela quer ir tomar banho.
O que passa em nosso coração faz toda diferença. A irritação quando toma conta contamina esse ambiente e toda a nossa comunicação. O caminho é dizer isso ao filho. A criança não precisa saber de detalhes, mas quando contamos a ela que estamos irritados com alguma outra coisa e precisamos de sua ajuda, elas surpreendem e ajudam, fazem sua parte pra valer.
Além disso, só o fato de falarmos de nosso estado interno já nos possibilita acessar outro nível de consciência. Podemos sentir, perceber que aquela criança está ali nos olhando, aprendendo conosco, nos esperando e nós, os adultos, podemos sim cuidar melhor desse encontro. Às vezes é assim mesmo, basta ter consciência e a situação já não é mais a mesma, já esta transformada e aberta em novas e boas possibilidades. Não é raro nos surpreendermos com um belo colinho dos pequenos.
Existir, ser, perceber-se, cuidar de si mesmo para cuidarmos de que lugar encontramos nossos filhos faz toda a diferença nessa jornada de educação. Damos a eles o alívio de saberem que é desse lugar de respeito que também seguimos aprendendo. Afinal somos todos, crianças e adultos, eternos aprendizes.

domingo, 8 de março de 2020

ALERTA AOS PAIS E PROFESSORES!


Desafio do sal: consequências vão de tontura a inchaço cerebral
Na nova brincadeira, adolescentes enchem a boca de sal e tentam engolir; entenda como o corpo reage nesta situação
Escrito por Raisa Cavalcante
Redação Minha Vida
Em 3/3/2020

Após a polêmica do desafio da rasteira, adolescentes estão viralizando uma nova "brincadeira" na rede social TikTok: o desafio do sal. Desta vez, os jovens enchem a boca de sal e tentam engolir. Toda a reação é filmada - muitas vezes acompanhadas de engasgos, cuspidas e caretas.
O novo desafio tem preocupado os pais, e com razão, já que o consumo exagerado de sal em um curto tempo pode trazer malefícios imediatos para a saúde. Conversamos com um cardiologista para entender melhor os prejuízos causados por este desafio.
O que acontece com o corpo
O primeiro sintoma que o corpo apresenta é o processo de desidratação dos tecidos pelo alto teor de sal ingerido. O cardiologista Paulo Chaccur explica que a pessoa começa a sentir muita sede, o que leva a ingerir muito líquido para se saciar.
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Isso sobrecarrega o volume da circulação, aumentando a pressão arterial e podendo levar à descompensação cardíaca.
Além disso, a pessoa pode ter uma ligeira sensação de mal-estar em função da hipernatremia (excesso de sódio na circulação sanguínea).
Desafio do sal pode causar coma
O desafio propõe a ingestão de muito sal e um dos primeiro sintomas é a tontura. Segundo o cardiologista, isso acontece porque, na medida em que a pessoa desidrata, o volume da circulação aumenta e, consequentemente, altera o fluxo cerebral.
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"A desidratação leva a esse torpor e depois à sensação de hipernatremia. Isso pode resultar em coma pela elevação acentuada do nível de sódio no organismo, que tem como consequência desencadear o edema cerebral (quando o cérebro incha pelo excesso de sal e líquido no organismo)", ressalta o especialista Paulo Chaccur.
Os riscos de complicações desse desafio são enormes e, segundo o médico, podem até levar à morte caso não sejam medicadas a tempo.
"Além do ponto neurológico de coma, pode acontecer eventualmente alterações ventilatórias, quando a respiração fica irregular, que, se não diagnosticadas imediatamente, pode levar à alteração do ritmo do coração e uma parada cardíaca, por exemplo", explica.