Estudo consegue reverter completamente Alzheimer
apenas pela retirada de 1 enzima
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Pesquisadores norte-americanos
encontraram um jeito de reverter completamente o Alzheimer em
testes através da remoção gradativa de uma enzima que age no
desenvolvimento da doença.
A descoberta dá margem para a criação de remédios que interrompam a doença e melhorem a função cognitiva, representando uma grande esperança a pacientes. Entenda:
Cientistas inibem
enzima do Alzheimer
Como a beta-amiloide é produzida por
meio da enzima beta-secretase, uma estratégia para deter a moléstia seria
inibi-la.
O grande problema é que essa
substância desempenha diversas funções no organismo, e medicamentos para
reduzi-la poderiam causar uma série de efeitos indesejáveis. Isso foi
constatado em pesquisas com camundongos que apresentaram sérios defeitos no
desenvolvimento neurológico.
Redução gradual
ALEXILUSMEDICAL/SHUTTERSTOCK
Assim, os estudiosos encontraram como
solução desenvolver uma técnica para retirar a beta-secretase de
ratos de forma gradual, conforme envelheciam. Com isso, eles permaneceram
saudáveis ao longo do tempo e cresceram de maneira normal.
Então, os pesquisadores fizeram com
que as cobaias desenvolvessem Alzheimer com 75 dias de vida e passassem
pelo tratamento contra a enzima. Com o passar do tempo, foi notado que as
placas de beta-amiloide foram significativamente reduzidas, até
que sumiram por completo quando os camundongos completaram 10 meses de
idade.
Os ratinhos ainda registraram melhora
na capacidade de aprender e memorizar, mas exames eletrofisiológicos
mostraram que apenas parte da função sináptica foi restaurada.
"Nossos dados mostram que os
inibidores de beta-secretase têm o potencial de tratar pacientes com
doença de Alzheimer sem toxicidade indesejada, porém são necessários
estudos futuros para desenvolver estratégias que minimizem as deficiências
sinápticas e alcancem benefícios máximos", explicou um dos
autores, Riqiang Yan, do Departamento de Neurociência do Instituto de
Pesquisa Lerner.
Jornada pela cura
do Alzheimer
- Cientistas descobrem origem do Alzheimer e
podem revolucionar tratamento
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quem tem direito?
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Alzheimer em até dois anos
Cientistas descobrem verdadeira origem do Alzheimer
e podem revolucionar tratamento
HAYDENBIRD / ISTOCK
Pesquisadores italianos acabam de
anunciar uma descoberta que pode revolucionar o tratamento do Mal de
Alzheimer, informa a agência de notícias ANSA.
Um estudo publicado no científico Nature Communications afirma
que a origem da doença não é na área do cérebro relacionada à memória, como se
pensava, mas sim na área relativa aos distúrbios de humor.
Origem do Alzheimer
é descoberta
BECRIS/SHUTTERSTOCK
A pesquisa desvendou que o que causa
o mal de Alzheimer é a morte de neurônios na área tegmental ventral do cérebro,
região onde são produzidos os hormônios dopamina, um neurotransmissor ligado à
variação de humor.
Até então, acreditava-se que a doença
se devia à degeneração das células do hipocampo, parte cerebral responsável
pela memória.
Em um efeito dominó, a morte das
células que produzem dopamina prejudica a chegada desta substância ao
hipocampo, causando uma pane que gera perda de memória.
A pesquisa foi realizada pela
Universidade Campus Biomédico, em Roma, em colaboração com a Fundação IRCCS
Santa Lucia e o Conselho Nacional de Pesquisas em Roma.
Caminho é inverso
THINKSTOCK
Com os novos dados, os cientistas
entenderam que as mudanças de humor (como apatia, falta de interesse nas
atividades diárias e, posteriormente, depressão) típicas nos pacientes com
Alzheimer não são uma consequência da doença, e sim um sinal de alerta do
início dela.
“A área tegmental ventral também
libera dopamina na área que controla a gratificação. Assim, com a degeneração
dos neurônios dopaminérgicos, aumenta também o risco da falta de iniciativa”,
explica o coordenador do estudo Marcello D'Amelio, professor de Fisiologia e
Neurofisiologia da universidade.
Tratamento
promissor
A tese dos pesquisadores foi
comprovada por um teste de laboratório feito com animais-modelo, no qual foram
aplicados dois tipos de terapia visando restaurar os níveis de dopamina.Foi
então observado que a tanto a memória quanto a motivação foram restauradas.
“Perda de memória e depressão são dois lados da mesma moeda”, afirma D'Amelio.
Como retardar os
efeitos do mal de Alzheimer
JNE VALOKUVAUS/SHUTTERSTOCK
Atualmente, pacientes contam com
tratamento medicamentoso para retardar os efeitos da doença, como o adesivo para Alzheimer.
No entanto, segundo explicou Mario
Louzã, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (SP)
ao Vix, isso não é suficiente: é preciso treinar o cérebro,
estimulando as conexões entre os neurônios como fazemos com nossos músculos na
academia.
“O cérebro é um órgão que se adapta
continuamente aos estímulos exteriores, e vai aprendendo com cada nova
experiência que temos ao longo da vida”, afirma. “Todas as atividades que de
algum modo exigem algo do cérebro são úteis para manter a cognição”.
Alguns hábitos que retardam o Alzheimer são a
prática de atividades físicas, leitura, jogos de raciocínio e realização de
cálculos.
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